A Caçada

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

3ªJoão - Método Indutivo

1. OBSERVAÇÃO 1.1. Autoria

O autor intitula-se como “o presbítero” e ao revela o seu nome. Evidência externa para essa epístola se encontra com Irineu que atribui a segunda e a terceira epístola a João discípulo de Jesus citando o texto de 2ª João 7-11. Eusébio mencionou que a terceira epístola está entre as bem conhecidas e reconhecidas pela maioria e afirma com convicção que foi escrita pelo apóstolo João.
As evidencias indicam que João, o apóstolo, é o autor não apenas do evangelho que traz seu nome, mas também dessas três epístolas. Provavelmente, as três cartas foram escritas entre 85 e 100 d.C.
Existem muitas alusões são encontradas em documentos do século I e II que foram feitas provavelmente por Clemente de Roma e Policarpo, eles afirmar ser João o autor das epistolas por causa dos termos similares usados por ele que também são encontradas no Evangelho com palavras como: amor; luz; vida e habitar.
1.2. Destinatário

Esta epístola em questão se trata da terceira e é dirigida para Gaio, que não é o mesmo Gaio de Corinto, Macedonia ou Derbe. A confusão que surge é devido ao fato que Gaio era um nome muito comum no império.
João na epístola somente fala que é para Gaio e relata seu incentivo e elogios pelo trabalho que este homem estava desenvolvendo na igreja. Esta carta segundo alguns estudiosos acreditam que essa carta foi escrita tão especificamente para Gaio devido ao fato que o apóstolo já havia escrito uma carta oficial para a igreja, mas Diótrefes destruiu esta carta.
1.3. Data

A data da escrita das epístolas está relacionada com a escrita do Evangelho, alguns atribuem a data para o ano 70 d.C outros sendo a maioria apóiam a idéia de autoria para o ano 80 a 85. O que realmente pode se afirmar sobre a data da composição foi que as epístolas foram escritas depois do Evangelho.

1.4. Estrutura da carta

Saudação (v.1)
Alegria e bom testemunho de Gaio (v.2-8)
Mal testemunho de Diótrefes (v. 9-10)
Conselho (v.11)
Exemplo de Demétrio (v.12)
Conclusão (v.13-15)

1.5. Palavras repetidas


Amado (amor) 6x
Filho - 1x
Verdade – 6x
Amigos – 2x
Alegria – 2x
Andando – 2x
Fidelidade - 2x
Bom – 2x
Deus – 4x
Testemunho – 3x
Escrevi – 2x
Mau – 3x
Igreja – 3x
Receber – 4x
Irmãos – 4x
Bem – 5x


Verdade, verdadeiro
1,3,4,8,12

Amado
1,2,5,6,11
Bem
2,6,11,12
Receber
3,7,8,9,10
Deus
6,11
Testemunho
12
Irmãos
3,5,8,10
Igreja
6,9,10
Alegria
3,4
Falar
3,6,12
Muito(s)
3,9,13
Mal
10,11
Fidelidade / fiel
3,5
Amigos
15
Escrever
9,13
Fazer
5,10,11,13
Andar
3,4
Saudar
15


1.6. Palavras – chave (gregas)

presbuteros (v.1) (Adjetivo; pronominal; nominativo; masculino; singular)
Velho; ancião; presbítero; conselheiro dos judeus; presidente de uma igreja. Nesta epístola e na parte central de Atos esse termo tem a idéia de ser o presbítero cristão
euodouqai (v.2) (verbo indicativo; presente; passivo; 3ª; singular)
Prosperidade.
aleqeia (v.3) (substantivo; davito; feminino; singular)
Verdade / fidedignidade / confiabilidade / justiça/ o dativo pode indicar “cooperadores com a verdade” ou “em prol da verdade” / aqui a verdade refere-se à realidade divina, e significa aquilo que é real em ultima analise, a saber, o próprio Deus. Dessa forma, pode se referir à expressão de Deus em Seu Filho encarnado e na mensagem cristã.
upolambanein - upolambanw(v.8) (verbo infinitivo; presente; ativa)
Acolher; apoiar; sustentar; no sentido de receber e sustentar; receber como convidado; os cristãos devem financiar os empreendimentos cristãos que o mundo não sustentará ou que não deve ser solicitado a sustentar. De fato, os cristãos têm a responsabilidade de prestar tal sustento financeiro. Eles “devem” sustentar seus irmãos aos qual o mundo não ira contribuir.
Sunergoi - sunergos (v.8) (adjetivo pronominal; nominativo; comparativo; plural)
Cooperador; trabalhar para o bem; obreiro; ajudador; cooperador; como parceiros na verdade, eles devem provar, na pratica, que são cooperadores e devem trabalhar junto com os missionários para o bem da verdade.
fluarwn - fluarew(v.10) (verbo particípio; presente; ativo; nominativo; masculino; singular).
Proferir contra; denegrir; falar coisas sem sentido, acusar injustamente. A palavra enfatiza a falta de fundamento das acusações.
ekklhsias (v.10) (substantivo; feminino; singular)
Assembléia reunida; congregação; igreja
eiphnh (v.15) (substantivo; nominativo; feminino; singular)
Paz; harmonia; tranqüilidade.

1.7. Personagens (descrição encontrada no texto)

Presbitero (v.1); Alguns irmãos falaram da fidelidade de Gaio (v.3,6); Meus filhos (v.4);
Cooperadores (v.8); Deus (v.6,11); Amigos (v.15);
Gaio (v.1,2)
Em 3ª João, Gaio era um ancião da igreja para a qual o apóstolo escreveu e um amigo muito querido. João demonstra claramente que o tinha em alta consideração (v. 2,3). Provavelmente converteu-se por meio do ministério do apóstolo, pois este o classifica como um de seus filhos (v.4). Gaio permanece como um exemplo para a igreja, através dos séculos, pois se destacou como alguém que anda na verdade. Foi recomendado por sua hospitalidade para com os outros e ainda é incentivado nesta prática por João.
Não há como falar algo a mais sobre a identidade de Gaio e nem quem ele realmente era, mas o que João fala e o que está relatado eram que Gaio ocupava posição de responsabilidade e de liderança na igreja local e evangelistas e presbíteros hospedavam-se com ele e assim ele e não com outras pessoas, mas também se não fosse assim o apóstolo João não teria escrito com tanta clareza sobre Diótrefes.
Gentios (v.7)
No Antigo Testamento esse termo traduzido significa como “pagão”; “povo” ou “nação” e também uma maneira de se referir a todos que não são israelitas e assim, torna-se um termo que designa “os de fora”.
No Novo Testamento, o conceito também tem uma ampla utilização. Em muitos casos, o termo traduzido pode ser compreendido como nação, mas em geral se refere aos que não são israelitas. O termo também serve para designar alguém que não faz parte da igreja. Às vezes pode ser também gentios que se uniram aos judeus em oposição à igreja.
Acredito que Gentios para a Epístola de 3ª João sejam classificados como o termo de designar alguém que não seja da igreja ou que faça oposição a ela.
Diótrefes (v.9)
Mencionado em 3ª João 9,10, onde João o recrimina por não receber sua carta nem gostar de acolher os irmãos na fé. Seu pecado era gostar “de exercer a primazia”, o que levou a proferir “palavras maliciosas” contra o apóstolo e seus representantes. Parece que exercia influencia perniciosa sobre os membros da igreja, pois era um líder autocrático, o qual expulsava as pessoas que não concordavam com ele e demonstravam disposição para receber pessoas como João.
O apóstolo João faz um contraste deliberado entre Diótrefes e Demétrio, de quem diz que “todos dão testemunho” (3 João 12). O problema do primeiro provavelmente seria a questão da autoridade apostólica. Isso se tornou um problema para Paulo em alguns lugares. Seria improvável que um apóstolo ausente fosse tão influente quanto um líder local, mas esperava-se que todos os obreiros das igrejas seguissem o ensino apostólico. Para pessoas como Diótrefes, mas interessadas na promoção pessoal, isso parecia uma ameaça para sua posição, algo que devia ser evitado.
O comportamento de Diótrefes era totalmente diferente de Gaio, então para Diótrefes são dirigidas as características que ama mais a si mesmo do que a outras pessoas e que não quer receber os irmãos evangelistas que estão em viagem. Há a possibilidade de especulação que Diótrefes tenha destruído uma carta outrora enviada a Gaio antes dessa que tudo indica que teria sido uma carta de cunho oficial com direção para a igreja. Segundo o apóstolo João o problema de Diótrefes não era de cunho teológico, social nem eclesiástico, mas sim moral, pois a raiz do problema era o pecado.
Demétrio (v.12)
Discípulo mencionado por João devido ao seu compromisso cristão. João está pensando em Diótrefes e por isso faz a recomendação a Demétrio para praticar o bem, mesmo embora o testemunho de Demétrio é dado pelas pessoas no passados e no presente, mas a genuidade cristã de Demétrio não precisava de prova dos homens uma vez que seu testemunho provava quem ele era e o terceiro testemunho a favor de Demétrio era o do próprio apóstolo.


1.8. Análise teológica

Em relação à fé.
O texto demonstra a fé expressa em algum elemento da Trindade em dois momentos. O primeiro é quando João faz referencia aos irmãos que saíram sem receber nada dos gentios para serem pregadores da Palavra de Deus.
O segundo caso é quando João está incentivando a Gaio a perseverar fazendo o bem que está de acordo com a Vontade de Deus, pois aquele que faz a Vontade de Deus é porque tem fé nele.
As práticas são relacionadas a boa hospitalidade e o amor demonstrado em receber os irmãos que estão chegando e também no servir à igreja.
Em relação ao amor.
Nas dimensões em que os membros da igreja que se encontrou com João testemunharam a favor de Gaio pelo desempenho e empenho que ele desenvolve na obra do Senhor no cuidado da igreja.
Os compromissos de ordem pessoal é uma lição que cada um pode tirar para si mesma de como deve ser o tratamento para com as pessoas tanto no nível normal de relacionamento quanto no nível de igreja e etc. afinal de contas Gaio é um exemplo de cristão para nós.
O amor que devemos ter para com os irmãos deve ser feito sem interesse nenhum com relação a qualquer pessoa, pois todos merecem o respeito e já que somos todos filhos do mesmo Deus devemos assim proceder como irmãos aceitando-nos uns aos outros.
Em relação à esperança:
A esperança tematizada neste texto refere-se em fazer corretamente o trabalho do Senhor que lhe é devido seja no ministério dos itinerantes ou no ministério da hospitalidade exercendo com amor, pois está é a idéia de fazer essas coisas que é por causa do Nome (Jesus Cristo) que estão fazendo.
A idéia que estão fazendo como se fosse para o próprio Senhor mostra que a esperança da vida do porvir será uma maneira de viver no céu como se esforça pra viver aqui na terra, ou seja, tratando bem aos próprios irmãos na vida do presente será o mesmo relacionamento bom no porvir.
1.9. Propósito da carta

O propósito da carta está ligado ao problema similar que anda por trás das cartas que é em relação ao amor cristão para receber os mestres itinerantes, por causa disso o amor deles deve ser mostrado na hospitalidade. Assim dessa forma ele incentiva a prática do bem para com as pessoas
João escreve para Gaio a fim de elogiá-lo pelo bom trabalho que ele tem desenvolvido de hospitalidade e da fidelidade deste homem.
João enfatiza em suas palavras o amor, a verdade, Deus, os irmãos – em relação a eles se diz no sentido do testemunho que os irmãos da igreja deram sobre Gaio e sobre os irmãos que o próprio Gaio ajudou e que Diótrefes menosprezou. João quando fala contra Diótrefes é uma exortação para que Gaio não tome as mesmas atitudes.

1.10. Tema central da carta

O paradoxo entre a pessoa que dá um bom testemunho (Gaio e Demétrio) e o mau testemunho (Diótrefes), ou seja, é uma questão entre os verdadeiros e os falsos mestres.
A epístola engloba o assunto sobre a hospitalidade e amor que deve haver entre os irmãos para que haja bom relacionamento entre os mesmos





2. INTERPRETAÇÃO 2.1. Contexto

João escreve para advertir seus leitores sobre falsos mestres que estão ativamente tentando enganar os cristãos, João, os chamam de falsos profetas, enganadores e anticristos e mais precisamente em III João o assunto mais claro era sobre a hospitalidade e o amor relacionado com as pessoas.
O contexto externo eram três movimentos da época das quais se encontram: gnosticismo – que cria em uma dicotomia em que a matéria era má e o espírito era bom; docetismo – na mesma linha do gnosticismo e por isso um ser espiritual como Cristo não poderia se tornar carne que por definição é má, então jamais poderá se tornar carne; heresia de cerinto – diversas das heresias de Cerinto era sobre a separação do homem Jesus e o Cristo divino, ou seja, o Espírito (Cristo) veio sobre Jesus no batismo e o deixou na cruz para que sofresse sozinho.
Gundry no livro Panorama do Novo Testamento defende a idéia que na primeira epistola o contexto é para fortalecer os leitores por causa do ensino falso que estava corrente, na segunda epístola é para tratar da hospitalidade e se dirigir à senhora eleita e a terceira epístola o contexto é a disputa eclesiástica entre os membros.
2.2. Conteúdo

Esta epístola é claramente de direcionamento a Gaio pelo fato que o pensamento de muitos estudiosos de que o pensamento que foi enviado uma carta para igreja com caráter oficial, mas que Diótrefes tenha destruído esta, então esta que é a segunda vai direcionado a Gaio para que não haja problema de acontecer outra danificação.
A epístola recebe o nome do próprio autor da carta e a similaridade de autoria com a epístola de II João, há alguns que acreditam que estas duas epístolas tenham saído da mesma pena e nas duas epístolas o autor se identifica da mesma maneira “o ancião”. A maioria das correntes acredita que foram escritas por João ou em ultimo caso um discípulo dele, neste momento o caso de quem escreve se torna bem claro.
Entende-se que o local na qual a epístola de III João juntamente com as outras tenham sido elaboradas na Ásia Menor na cidade de Éfeso. A data da escrita desta
epístola é creditada pela grande maioria dos estudiosos entre os anos 80 e 85, portanto acredita-se que as epístolas de João tenham sido escritas posteriormente o Evangelho.
A data das epístolas está ligada a data do Evangelho. A data mais aceita para a edição da epístola de 3ª João é entre os anos 80 a 85, pois se relaciona mais com o propósito da carta que era combater o proto-gnosticismo que havia tido uma grande ascendência ao fim do Século I.
O motivo pela qual a carta foi escrita para ser escrita por causa do líder da igreja que quis desafiar a autoridade do apóstolo João, então esta carta vem como um alerta de que João virá até eles para expor o erro de Diótrefes. Encorajamento para que os membros da igreja possam receber os irmãos missionários corretamente por causa do mau exemplo de Diótrefes.
A epístola de III João não tem o foco em resolver verdades teológicas, masprocurar resolver assuntos administrativos. O novo testamento sua origem e analise
Segundo Ladd esta epístola foi escrita para aconselhar Gaio a como deveria agir com Diótrefes a duvida que se fica era que se o cismático era envolvido com gnosticismo ou razões pessoais.
2.3. Comparações

Falsos mestres – 2ª Jo 10,11
Hospitalidade – João 12.45; 13.34; 15.12,17; 14.9; 1ª Jo 3.6; Romanos 12.13; 1ª Timóteo 5.10; Tito 1.8; Hebreus 13.1,2; 1ª Pedro 4.9
Missionários que são ajudados por causa da obra itinerante – ofício apostólico que Paulo defende 1ª Corintios 9.12,18; 1ª Ts 2.1-12; 2ªTs 3.7-9
Um verdadeiro mestre tem atitudes amorosas e de servidão – 13.1-17,35
Amor ao próximo- João 15.12-13; Romanos 12.10; Romanos 13.8-10; 1ª Coríntios 13; Gálatas 5.13; Efésios 5.2; Colossenses 1.4; Hebreus 13.1,2
Testemunho: João 15.26-27; João 21.24; 1ª Coríntios 1.5-6; 2ª Timóteo 1.8; Hebreus 11.2.
Ide em nome do Senhor: Mateus 28.18-20; Atos 1.8
2.4. Consulta

Os comentaristas dizem em sua maioria entendem que Gaio era o líder da igreja e que Diótrefes também era e que provocava aos outros líderes desafiando mesmo até a Gaio.
Há unanimidade acerca do sentido que João tenha mesmo escrito uma primeira carta de cunho oficial, mas que Diótrefes tenha destruído uma vez que era dirigida à igreja.
Quanto a Demétrio Stott entende que ajudaria a ser um ajudador para que Gaio não desviasse do caminho, mas que permanecesse firme segundo os propósitos corretos. É possível que Demétrio tenha sido objeto da maldade de Diótrefes, no entanto, o mais importante é mencionar sobre o tríplice testemunho acerca de Demétrio que já é um testemunho conhecido no passado e que permanece válido no presente.












3. APLICAÇÃO
A primeira aplicação que eu posso fazer é que eu devo demonstrar meu exemplo de vida cristã aonde quer que eu esteja e qualquer pessoa que eu estou me relaciono uma vez que foi bem isso o que aconteceu com Gaio, ele se relacionou bem com as pessoas e estas falaram bem dele tratando-as da maneira correta que um cristão deve tratar e assim teve seu testemunho bem feito pelos outros de igual modo isso aconteceu com Demétrio.
Por outro lado nunca tratar com arrogância ou com desfeita, pois assim Diótrefes tendo essas atitudes ficou conhecido pelo seu mau testemunho tanto que as pessoas não queriam estar próximas a ele tanto que se hospedavam então com Gaio e não mais com Diótrefes.
Outra aplicação é passar para as pessoas o amor de Deus e mesmo que necessário for pedir para Deus me dar à graça de poder transmitir a cada dia o amor dele, pois assim como líder de alguma área da igreja ou mesmo para a minha vida cristã normal se as pessoas não enxergarem a diferença em minha vida do amor de Deus e se elas quando olham para mim não vendo a Cristo, eu sou um fracasso na fé.
O trabalhar também tem que ser voltado com a consciência de que estou fazendo como para o Senhor, pois realmente o é, então nessa perspectiva devo dar o melhor de mim quanto mais para realizar a obra a função que Deus confiou a mim para que fizesse. Deus já fez tanto por mim dando Jesus na cruz para morrer eu tenho mais que o dever de cumprir fielmente com a obra que ele designou para mim.







4. SERMÃO EXPOSITIVO
Introdução:
Hoje vivemos em uma sociedade que possuí diversas influências, cada um cuida de si e Deus para todos ou então alguns que não estão muito ligados para Deus, pois essa é outra influência da nossa sociedade que as influências e suas crenças é você quem escolhe e ninguém tem nada a ver com isso.
Recentemente acompanhei um caso na televisão na qual um ninfomaníaco que é alguém que tem o distúrbio do sexo se caso ele não tiver essa prática ele fica doente e coisas do tipo, mas então esse ninfomaníaco saiu para encontrar mulheres na qual ele pudesse violentar e assim ele pegou uma mulher a força e começou a andar pela rua e ele mandou que ela disfarçasse e parecesse casal de namorados, então uma câmera publica filmando o passeio do possível casal à beira de uma avenida muito movimentada em São Paulo o homem parou e começou a abusar da mulher debaixo de um pontilhão e o mais impressionante que ninguém fez nada para que ele fosse impedido, mesmo que fosse namorada a rua não é lugar para esse tipo de atitudes. Fechamento da história a mulher denunciou o homem e pelas imagens puderam capturar o homem, mas ninguém fez nada, ninguém interferiu, nem chamou a polícia, as pessoas estão indiferentes umas para com as outras.
No entanto apenas uma palavra é capaz de mudar toda essa indiferença basta somente dizer as palavras: “evangélico” ou “cristão” e então toda a indiferença das pessoas se vai e os olhos se tornam mais atentos para as atitudes e todo o procedimento me recordo de um fato ocorrido com uma amiga minha na qual ela estava em família e esta sabia da decisão dela por Cristo e em uma festa ela colocou dois dedos de vinho no copo e então o bombardeio de perguntas aconteceu: “Mas cristão bebe?”, “Mas cristão faz isso ou aquilo?”
Esses dois exemplos são para demonstrar que as pessoas não se importam mais uma com as outras, mas no momento em que se fala de sua identidade religiosa protestante as coisas mudam de figura e não que as pessoas estejam com boas intenções, mas muito pelo contrário é justamente para julgar e mostrar que os cristãos que pregam tanto a diferença na realidade não são diferentes em nada, por isso é tão importante o testemunho para as pessoas tanto de dentro da igreja como as de fora, sem contar que
“fama” é algo que as pessoas fazem de você. Você mesmo não pode produzir a sua, a sua fama depende do que as pessoas lêem de você.
Engajado nesta idéia que eu quero compartilhar o título para essa mensagem que é: Os dois tipos de testemunhos em uma comunidade cristã.
Seria bom que fosse apenas um, mas já que há dois vamos começar pelo mau testemunho.
1. Mau Testemunho (v. 9,10)
Estava um cordeiro bebendo água na parte inferior de um rio; chegou um lobo, e cravando nele torvos olhos, disse-lhe com voz cheia de ameaça: "Quem te deu o atrevimento de turvar a água que pretendo beber? - Senhor, respondeu humilde o cordeiro, repare que a água desce para mim: assim não a posso turvar.
- Respondes, insolente! tornou o lobo arreganhando os dentes; já o ano passado falaste mal de mim.- Como o faria, se não tenho seis meses então ainda não tinha nascido. - Pois se não foste tu, foi o teu pai, teu irmão, algum dos teus e por ele pagarás. E atirando-se ao cordeiro, o foi devorando. A Moral da História é que devemos fugir do mal de forma que o evitemos.
Diótrefes era uma espécie de lobo no meio da igreja ele procurava o que era mal e assim o fazia o nosso dever para não sermos como ele é nos afastar e também de não compartilhar com o que as pessoas que tem essas práticas cometem
Infelizmente temos que ter esse mau exemplo na vida igreja pessoas às vezes com suas intenções corrompidas que tem em sua finalidade apenas a valorização do seu próprio ego em detrimento de suas vontades.
Geralmente pessoas assim quando se trata com elas sobre esses problemas elas não reconhecem que estão erradas, mas pelo contrário até afirmam que estão certas e que nada de errado acontecem com elas e chegam a afirmar que elas servem de exemplo para outras pessoas, pois são fervorosas na oração e que oram por muitos minutos, também dizem que são os mais espirituais, os melhores evangelistas, os melhores músicos, aproveitam-se exacerbadamente do seu poderio de liderança.
Diótrefes era uma dessas pessoas que tinha esse tipo de atitudes, pois voltando nossos olhos para o versículo nove fala que ele (Diótrefes) gosta de exercer a primazia entre as pessoas isto reflete suas atitudes que era de abusar de seu cargo de liderança entre a congregação para atacar a outros líderes e neste mesmo verso João escreve falando que Diótrefes “não nos dá acolhida” com relação a isso se equivale a expressão “escrevi alguma coisa à igreja” e tudo indica que João teria escrito anteriormente uma carta para a igreja, mas essa era de cunho oficial e abrangente, mas Diótrefes o irmão da primazia a destruiu.
João ouviu soube disso e deve ter ouvido sobre as coisas que esse “irmão” estava tendo na igreja e assim ele escreve no verso dez “se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as obras que ele pratica” isso era um aviso que assim que João estivesse na presença de Diótrefes iria relatar todas as obras que lhe foram ouvidas e assim teria uma típica “conversa de gabinete” ou seja, o cajado de João iria pesar sobre Diótrefes.
Quantos de nós não estamos na posição de Diótrefes? Quantos de nós conhecemos pessoas como essa?
Dióterefes pelo seu mau testemunho expulsou vários missionários itinerantes da igreja e recusou a recebê-los. Será que às vezes não estamos rejeitando as pessoas e não agindo mais com amor quando deixamos nosso ego falar mais alto em detrimento da “proteção” do nosso ministério?
O que eu vejo que quando acontece esse tipo de coisas dentro do meio de uma comunidade cristã está necessitando amor de Deus entre as pessoas envolvidas, mesmo embora todos sermos carentes do amor de Deus temos que ter em mente que não podemos passar por cima das pessoas, pois quando fazemos isso estamos passando por cima daquele que a criou, ou seja, de alguma forma estamos dizendo que Deus errou. Mas quando temos o amor de Deus fluente em nossas vidas mesmo que estamos certos as coisas funcionam de outra maneira em Provérbios 15.1 diz “a resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”. Uma ordenança do Novo Testamento está em Filipenses 2.3 “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo”.
Que possamos aplicar isso em nossas vidas procurando viver dentro dos padrões morais colocados para nós no Novo Testamento procurando ao máximo ser humildes
considerando os outros maiores que a si mesmo e caso que nossa ira queira se levantar que possamos ter a longaminidade e que não dependa de nós para a ira ser suscitada em outras pessoas.
O segundo exemplo que vamos falar é melhor, embora o outro mostre exatamente o que não devemos fazer, este exemplo mostra exatamente o que devemos fazer.

2. Bom testemunho (v. 2c – 6; 12)
Esse bom testemunho veio por parte de duas pessoas que se destacaram dentre as demais felizmente os bons exemplos superaram os maus exemplos pelo menos dos que são mostrados nessa epístola.
Uma jovem senhora deu à luz uma criança na calçada de uma movimentada esquina em Oklahoma, Estados Unidos. Uma multidão de curiosos transeuntes parou para observar, mas ninguém prestou auxílio. Depois de algum tempo, um turista sentiu pena e chamou um táxi, mas o motorista recusou-se a levar a mãe e o bebê ao hospital porque sujariam o veículo. O prestativo turista chamou a polícia. Esta informou que estava ocupada demais, com chamados mais urgentes.
A essa altura, Bob Cunningham, ex-deputado federal, passou ali por acaso e telefonou aos bombeiros para que enviassem uma ambulância. O pedido não foi atendido. Enquanto isso, Cunningham pediu que um espectador buscasse um cobertor no hotel do outro lado da rua, mas também foi em vão. Finalmente, Cunningham colocou a senhora e o bebê em seu próprio carro, levando-os para o hospital. Gaio era como Bob Cunningham ele não tratava com indiferença as pessoas pelo contrário ele as ajudava para que pudessem prosseguir em seu caminho, está estória reflete uma verdade da nossa sociedade.
Gaio segundos os comentaristas possuí um cargo de liderança na igreja talvez tenha sido até por causa disso que a epístola tenha sido direcionada para ele, mas também Gaio foi alvo dos comentários dos missionários itinerantes que passaram por essa igreja, mas diferentemente do outro irmão de Gaio eles falaram bem dele como podemos ver nos versos 3 e 4 “fiquei sobremodo alegre pela vinda de irmãos e pelo seu
testemunho da tua verdade...ouvir que meus filhos andam na verdade”. Andar na verdade e dar bom testemunho era o que mais alegrava o apóstolo João e a referência a Gaio como filho mostra duas coisas: Gaio pode ter sido discipulado por João e por isso é um relacionamento de pai e filho espiritual e a segunda coisa é a proximidade e intimidade que os dois poderiam ter até mesmo pelo fato que João está elogiando a Gaio.
O bom testemunho apresentado é cuidar com igualdade os irmãos mesmo quando eles são estrangeiros e além do mais quando eles partem Gaio os encaminha de modo digno embora eu acredite que seja um suporte financeiro para a viagem dos mesmos eu também acredito que o fato de ele acolher dignamente esses irmãos e os animar a continuar na proclamação do evangelho eram as tarefas desempenhadas por ele.
O outro bom testemunho apresentando nessa epístola é o de Demétrio que também é bem conhecido pelos missionários e até mesmo pelo próprio João como podemos ver no verso 8 “todos dão testemunho...nós também damos testemunho... nosso testemunho é verdadeiro”.
Devido a esses exemplos entendo que o mais importante é olhar para as coisas boas e para os bons exemplos e segui-los não simplesmente para que falem de nós, mas para que possamos ter uma vida cristã normal exercendo aquilo que Jesus espera que exerçamos e também não para que as pessoas olhem para nós e falem bem, mas pelo contrário que possamos servir de exemplo para as pessoas se inspirarem a nos imitarem, pois somos imitadores de Cristo.
João fala no verso 11 que não devemos imitar ao mau, mas sim o bem, pois o que pratica o bem procede de Deus, ele faz aqui um paradoxo para contrastar que não vale a pensa seguir o mau, porquanto se quisermos passar a imagem de Deus em nossas vidas devemos praticar o bem.
A igreja brasileira hoje precisa de pessoas que procedam bem de acordo com os preceitos de Deus, pessoas que dêem bom testemunho a cerca do Evangelho. A Bíblia nos fala que o mundo está no maligno e aquele que pratica o mal jamais viu a Deus, com isso vejo a responsabilidade de sermos faróis para esse mundo tenebroso e mostrar a Cristo pelo nosso testemunho.
Conclusão (v.8)
Para concluir essa mensagem quero dizer para aplicarmos com veemência e dedicação as lições da vida de Gaio que nos serve de exemplo como vida cristã e proceder correto diante de Deus.
Devemos procurar nos manter longe de pessoas como Diótrefes, porém não devemos deixá-los sem a assistência pastoral, pois em determinado momento pode acontecer um arrependimento sincero, mas se caso isso não aconteça é nosso dever não permitir que pessoas assim causem grandes estragos em nossa comunidade cristã.
Além de falar como proceder sendo líderes isso também se diz em consideração a nossa vida cristã.
O verso 8 João trás uma interessante aplicação para Gaio que também serve para nós”para nos tornarmos cooperadores da verdade” é lógico que João está falando da hospitalidade, mas o que vem incluso na hospitalidade é o amor em hospedar aos missionários.
E que com essa reflexão possamos refletir mais em nossas vidas como cristãos a fim de nos esforçar para sermos melhores a cada dia.










BIBLIOGRAFIA
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STOTT, John R. W. I, II e III João – Introdução e Comentário,São Paulo, Vida Nova, 1991.
Biblia Sagrada Almeida Século 21.
RIENECKER, Fritz; ROGERS, Cleon. Chave Linguistíca do Novo Testamento Grego. São Paulo, Vida Nova, 2000.
FIBERG, Barbara; FRIBERG, Timothy. O Novo Testamento Analítico. São Paulo, Vida Nova, 2007.
COENEN, Lothar; BROWN, Colin. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, Vida Nova, 2000.
CARSON, D. A. Introdução ao Novo Testamento, São Paulo, Vida Nova, 1999.
HALE, Broadus David. Introdução ao Estudo do Novo Testamento, São Paulo, Hagnos, 2001.
TURNER, Dr. D. D. Introdução ao Novo Testamento, São Paulo, Imprensa Batista Regular.
Bíblia de Estudo Genebra.

Considerações sobre a Providencia Divina

LUCAS HERCULIANI AMARAL Nº4 3º ANO
Eu, Lucas Herculiani Amaral declaro ter efetuado as leituras das páginas 81-94; 261-318 conforme propostas que abrange o capítulo 4 e o 10 do livro A Providência.
CAMPOS, Heber Carlos de. A providência e sua realização histórica. São Paulo, Cultura Cristã. 2001.
Verdades gerais sobre a providência
Deu é o autor da providência, contudo isso não pertence somente a Ele, mas sim a toda trindade.
Deus, o Pai ficou evidenciado claramente por Jesus dizendo que este trabalhava o que Jesus estava querendo dizer com isso não era que Deus continuava a criar novas coisas, mas que Deus trabalhara desta vez na manutenção da sua criação, esta manutenção que Deus dá na criação é justamente pelo fato que ela constantemente pela sua finitude esta precisando de um toque daquele que é infinito, um exemplo claro disto é, por exemplo, quando pecamos que precisamos constantemente nos dirigir a Deus para recebermos Dele o perdão.
Cristo também trabalha juntamente com o Pai, por causa, que ele é o agente da criação, foi por causa do Filho que Deus veio trazer a existência todo o universo e por causa dele as coisas continuam, este exemplo de unidade e harmonia penso que deva ser o exemplo perfeito para nós seres humanos mesmo que embora nunca consigamos chegar próximos ao nível de relacionamento deles este relacionamento do Pai para com Filho que são semelhantes é perfeito para como o ser humano deve tratar de seu semelhante.
O Espírito Santo não lhe atribuído nada tão especifico quanto ao serviço da manutenção providencia a não ser pelo salmista que renova as criaturas para que elas não se extingam, pensando sobre os atos do Espírito penso que o Espírito Santo tem uma função bem especifica, por exemplo, na obra da salvação, pois é ele quem convence o homem do pecado da justiça e do juízo mostrando o sacrifício do Filho e a obra amorosa do Pai, outra coisa que o Espírito Santo faz que me venha à memória tudo aquilo na qual aprendemos, então entendo que de certa forma o Espírito trabalha na manutenção da providência, mas um pouco mais diferenciado.
A providência foca bem mais as obras de Deus justamente por cuidar da preservação da criação e por causa disso toda a providência de Deus é santa, pois todos os procederes de Deus são santos, as providências de Deus também são sábias, pois seus procedimentos não são ignorantes, mas pelo contrario todos com riqueza de sabedoria, pois o próprio Deus o é. Alem do mais as providências de Deus são poderosas, pois não há quem consiga sobrepor o poder de Deus, quando Deus determina que algo pra acontecer não há ninguém na terra que consiga fazer com que isso não aconteça.
Fato é que sem a providência divina no universo as criaturas não irão conseguir sobreviver e o caos e a destruição acabará acontecendo e assim logo a própria criatura não conseguindo preservar-se a si mesma, logo ela não conseguirá preservar a outra e assim não haveria mais solução, somente ao que tem a imortalidade pode ajudar as criaturas mortais.
Deus em seu modo de operar a ação da providência ele utiliza de dois artifícios e o primeiro é imediatamente na qual é Ele mesmo quem exerce a sua tarefa se uso de algum meio ou instrumento. Diferentemente disso têm-se a providência mediata que é o momento que Deus usa anjos, homens, animais, fatores da natureza e outros instrumentos. Assim então Deus faz a natureza criada para preservar os seres criados.
Dos animais Deus também cuida quando ele faz crescer a relva para que os animais possam se alimentar, pois este alimento não cai do céu e as coisas inanimadas como chuva, sol, água, etc. trabalham da mesma maneira com que Deus determinou para o bem-estar da criação de uma maneira em geral.
A providência ordinária é a que Deus usa os instrumentos ou meios. Deus é a causa primária usando a causa secundária para a obra da providência. A providência ordinária é realizada através do sol, lua e evoluções naturais do dia que são percebidas por nós que são fruto de uma inclinação divina para que isso acontecesse.
A providência extraordinária está ligada aos atos incomuns de Deus quando ele age de modo miraculoso e que excede os poderes naturais.
O CONCURSUS PROVIDENCIAL DE DEUS
Já sabemos que é pela vontade de Deus que todas as coisas acontecem e assim se deve o cumprimento das coisas sem as quais nada seria feito. Agora para falar de concursus é para tratar da participação de todos os atos e eventos da História, pois este é o suporte contínuo de Deus para a operação de todas as causas secundárias para o cumprimento dos seus santos propósitos.
O concursus exige que tenha duas partes ativas como Deus e o homem, no entanto o homem não é uma criatura passiva como um instrumento nas mãos de um musico. A causa primária é sempre a divina e a causa secundária é da criatura. Se caso os seres humanos fossem passivos nos seus movimentos eles não poderiam ser considerados como responsáveis pelos seus erros e então Deus seria o culpado direto pelos males morais do mundo.
O concursus age na natureza, pois esta não tem função independente, então Deus como é um ser imanente entra em contato com ela, pois ela depende Dele para funcionar do contrario tudo seria desordenado, pois a própria natureza não sabe o momento de manifestar-se. O concursus nos animais é o mesmo que age nas plantas, pois a única diferença é que a natureza recebe um modo diferenciado da ação nos seres animados.
O concursus de Deus no espírito humano é que Deus tem domínio sobre todos os eventos nos quais os homens são ativos justamente, porque ele tem domínio direto sobre os espíritos deles de um modo que suas ações são livres sem compulsão externa, então Deus não usa a força física, mas a persuasão moral para mudar as disposições intima das pessoas.
Na ação mediata de Deus sobre o espírito humano temos como exemplificar pelos profetas que foram pessoas que Deus usou para agir na vida dos homens. A ação imediata de Deus no ser humano e esta acontecem no interior do homem e não de maneira externa, agindo assim no coração do ser humano e assim quando isso acontece começa a refletir externamente sobre o que já aconteceu em seu interior.
Deus não precisa da permissão humana para poder fazer alguma coisa na vida do próprio individuo diferente do que muitas igrejas têm pregado por ai afora por causa de hinos e cânticos que expressam essa idéia e Deus age na pessoa que bem entende mesmo a pessoa não tendo comunhão com ele, isso se dá quando ele está prestes a regenerar a esta pessoa.























Eu, Lucas Herculiani Amaral declaro ter efetuado as leituras das páginas 615-664 conforme propostas que abrange o capítulo 21 e 22 do livro A Providência.
CAMPOS, Heber Carlos de. A providência e sua realização histórica. São Paulo, Cultura Cristã. 2001.
OS FRUTOS DA PROVIDENCIA NO SOFRIMENTO
A obediência é o primeiro fruto importante, pois sem ele não seria possível agradar a Deus ao passo que isso é produto de fé. Deus quer que os que vão se tornar filhos tenha fé e os que já são que sejam obedientes. A relação obediência e sofrimento estão ligados a Cristo para ser um meio de ensinar aos homens para andarem em conformidade com a Palavra de Deus.
Em alguns casos para os cristãos a obediência funciona como fruto do sofrimento tem o exemplo de Paulo que foi colocado em posição de sofrimento para mostrar que isso era necessário por causa de Cristo. No entanto a ressalva para isso é que embora o sofrimento seja necessário ele não é para sempre e chega um determinado momento que há a libertação disso.
O motivo encontrado para argumentar que se há felicidade no sofrimento é de que o motivo seja a Cristo.
TIRANDO LIÇÕES DA PROVIDENCIA DIVINA
Falamos em lições anteriores que Deus em sua infinita potencia e providencia divina até o diabo trabalha para Ele e agora vemos as lições sendo tiradas sobre a providência de Deus e o argumento mostrando que Deus na administração deste mundo faz com que todos trabalhem para ele isso não difere de crentes ou incrédulos.
A capacidade de realizar planos é uma capacidade concernente aos seres racionais, mas a diferença está em poder realizá-los, ou seja, o homem pode até fazer planos, no entanto, quem pode realizar esses planos é somente o Senhor.
O homem por si só procura fazer o melhor plano que lhe parece o melhor, mas o Senhor sabe o que é melhor para o homem. Todas as coisas que acontecem nós já sabemos que são para glorificação de Deus. O que fazemos de bom engrandece o nome de Deus e as outras coisas mesmo assim Deus é glorificado

Aliança no Antigo Testamento

A aliança
Conceito
295 referências da palavra aliança na Bíblia. 20 referências no Novo Testamento.
Com exceção de Rute, Ester, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Lamentações, Joel, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque e Ageu todos os outros livros do Antigo Testamento falam sobre aliança que no hebraico é ‘berit’ e suas referencias são de 275 vezes sendo que 80 delas no Pentateuco, 70 nos profetas anteriores, 75 nos profetas posteriores e 60 vezes nos escritos.
Há um debate acerca do significado de ‘berit’ e para a etimologia da palavra se entende a tradução: palavra acadiana biritu – apertar, atar ou aguilhoar; palavra acadiana birit – entre; de uma raiz hebraica brh; outra raiz hebraica brh – ver, esquadrinhar, selecionar.
Sobre a natureza das alianças deve-se notar que elas são literais, por isso a sua interpretação deve ser literal, em segundo lugar elas são eternas, em terceiro lugar devem ser consideradas como incondicionais e em ultimo lugar são estabelecidas com um povo pactual.
1.1.Sentidos usados para Aliança
Para começar o estudo é necessário que haja uma analise sobre os sentidos empregados de aliança nas Escrituras e de maneira mais especifica no Antigo Testamento.
Aliança é empregada no sentido de uma ordenança natural como em Jeremias 33.20 “Eis o que disse o Senhor: se puderdes romper o meu pacto com o dia e a noite, de sorte que dia e noite não surjam no devido tempo”.
No sentido de uma promessa incondicional em Gênesis 9.11,12, esta está relacionada com o dilúvio quando Deus diz que não haver mais dilúvio sobre a terra e o texto deixa bem enfático que essa aliança não será destruída.
Aliança também é emprega para um acordo condicional como em Isaias 1.19,20, nesta passagem Deus está dizendo que se o povo obedecer eles iria conseguir as bênçãos, mas caso haja desobediência o povo irá sofrer as conseqüências.
Nas frases teológicas alianças das obras e aliança da graça são baseadas no sentido de ser uma promessa dependente de condições.
As alianças contidas nas Escrituras são de grande importância para o interprete da Palavra. O plano escatológico de Deus é determinado e prescrito por essas alianças, e o sistema escatológico do intérprete é determinado e limitado pela sua correta interpretação. Ele vê as épocas da história como o desenvolvimento de uma aliança entre Deus e os pecadores.
1.2.Nomes dados para a aliança
Há vários nomes para aliança. Existe aliança da natureza que foi a feita com Adão, pois o homem estava em seu estado natural de criação, mas depois da queda a aliança teve ser adaptada e se tornar a aliança da graça.
Aliança legal ou judicial exige que a condição esteja de acordo com a perfeita lei da absoluta perfeição moral.
Aliança das obras tem suas exigências em torno do que o próprio homem fosse e fizesse e por ultimo aliança da vida, por causa, que sua obediência faz referencia a vida.
1.3.Elementos de uma aliança
São necessárias as partes contratantes e as condições. As alianças são feitas por pessoas e entidades que se obrigam mutuamente em uma constituição que é soberana do Criador para com sua criatura, devido a isso o Criador promete cumprir com as promessas feitas desde que a criatura cumpra com as condições e caso isso não aconteça às penas serão devidamente colocadas sobre os envolventes que não cumpriram com o acordo.
1.4.Tipos de alianças
Aliança da redenção – nessa aliança o Pai entrega o Filho, o Filho se oferece sem macula como sacrifício eficaz e o Espírito administram e capacita a execução dessa aliança em todas as suas partes.
Aliança das obras – oferecida ao homem e condicionada ao mérito humano, isso se deu quando Adão se relacionava com Deus antes da queda.
Aliança da graça – indica todos os aspectos da graça divina para com o homem em todas as épocas. O exercício da graça divina torna-se possível e justificado pela satisfação de julgamentos divinos obtidos na morte de Cristo.
Aliança com Adão
Esta aliança foi à primeira aliança feita e esta fora feita no jardim do Éden que já era necessário que houvesse uma obediência e mesmo embora que se pense que não havia elementos necessários para ser uma aliança, é necessário que haja uma analise apurada para entender que todos os princípios para uma aliança estavam naquela situação.
Analisando é possível compreender o elemento Criador exigindo uma conformidade por causa de sua da natureza a pessoa da criatura (Adão). A criatura por sua vez que é um ser livre agente moral e por causa de sua natureza tem a obrigação de obedecer à lei moral.
O Criador promete vida e favor (Mateus 19.16,17; Gálatas 3.12) e as condições para isso era que Adão não viesse a desobedecer, ou seja, vir a comer do fruto da arvore da ciência, caso ocorresse o fato de comer seria certo que a morte chegaria a Adão (Gênesis 2.16,17).
Adão nessa aliança estava representando toda a sua descendência, pois a própria Bíblia traça um paralelo entre Adão com seus descendentes e Cristo com seus escolhidos. A pena que seria colocada sobre Adão caso houvesse desobediência também seria efetiva sobre seus descendentes como é possível analisar em (Gênesis 2.17; 3.17,18).
Em Romanos 5.12 e em 1ª Coríntios é claro Paulo explanando que em Adão todos os seres humanos pecaram juntamente e o pecado de acordo com a própria Bíblia é a morte e esse mal penal está sobre todos.
A promessa envolvida na aliança era de vida, pois em um raciocínio lógico a desobediência é para a morte, logo a obediência seria para a vida. Isso fica claro em outros textos do Antigo Testamento como em Levítico 18.5; Neemias 9.29.
A obediência das condições levaria a compreender algo o mais do que já havia sido dado. A recompensa termina quando acaba o prazo da provação e também acabam as condições foi exatamente o que aconteceu com os anjos que foram premiados com a vida dessa natureza. A obediência exigida pela lei como regra do dever é naturalmente perpetua, mas a obediência da condição da aliança das obras fora limitada pelo período de provação, o mandamento de abster-se de comer o fruto do conhecimento do bem e do mal era para entrar em conformidade com a Vontade Deus que era uma total obediência.
Aliança com Noé
A primeira ocorrência de aliança no Antigo Testamento é em Gênesis 6.18, quando Deus fala para Noé que estava prestes a provocar um dilúvio sobre a terra na qual seria destruída toda a carne, por causa disso Deus estabelece uma aliança com Noé.
Esta aliança incluía aos descendentes de Noé e as criaturas que vivas com ele (9,10), está é uma aliança incondicional e eterna, pois Deus promete jamais eliminar toda a carne pelas águas do dilúvio e o sinal para isso é o arco que se eleva acima de todos os homens como garantia da verdadeira graça. Esta aliança de Deus com Noé na verdade foi uma a humanidade de que jamais voltaria a destruir a terra e que os homens poderiam comer os animais, mas não seu sangue.
Aliança com Abraão
A chamada a Abraão surge após o avanço do texto que se passou pelas três tragédias do homem que era a queda, o dilúvio e a fundação de Babel. A benção primeiramente era tratada como ordem criada, em Noé era a benção para família e a nação e em Abraão a benção era material.
Segundo Ralph Smith está é a segunda aliança do Antigo Testamento e esta compreende três diferentes relatos que são em Gênesis 12; 15 e 17.
Em Gênesis 12 não mostra o termo ‘aliança’, mas mostra o chamado de Abraão para sair da terra de Ur e acontece a promessa também de que o nome de Abraão será grande e que dele sairá uma grande nação, aqueles que abençoarem a Abraão serão abençoados, mas os que amaldiçoarem também será amaldiçoado. A única exigência que Abraão tem que cumprir é o de sair da terra de Ur e ir para onde Deus irá enviá-lo.
No segundo relato de Gênesis 15 a palavra aliança aparece no versículo 18 e o relato da promessa é reafirmado e também não há nenhum exemplo especifico de condição especifica, mas o que acontece é a separação dos animais para o sacrifício (15.9-10).
Agora no terceiro relato da aliança entre Deus e Abrão o texto de Gênesis 17 se mostra totalmente diferente dos outros dois relatos sobre esta aliança. A promessa é de grande posteridade e de terra (v. 2,5,8) as obrigações encontradas nas passagens é que Abraão terá que andar na presença de Deus (El Shaddai) e ser perfeito (v.1) e que deve circuncidar a todos os machos entre eles.
Muitos estudiosos debatem que os relatos da aliança abraamica são uma retroprojeção de conceitos posteriores dos períodos de Davi, Salomão ou até do pós-exílio e os que vêem indícios de uma tradição dessa aliança que pode ser remontada as suas raízes numa repetição “cultural” do relato da promessa em Gênesis 15.7-21.
Esta aliança é importante, por causa, que suas implicações para doutrina estão ligadas à soteriologia, Paulo mostra ao escrever aos gálatas que os crentes tomam posse das bênçãos prometidas para Abraão. Logo após a queda do homem, Deus providenciou a salvação para o homem e a aliança com Abraão é um exemplo do seu propósito para salvação dos pecadores.
Aliança com Israel no Sinai
Esta aliança que é entendida como a aliança do Sinai para muitos é entendida com a extensão da aliança que Deus fez com Abraão e o principal relato para essa aliança esta em Êxodo 19-24, esta é considerada uma das passagens mais impressionantes do Antigo Testamento, pois é a descrição do encontro entre Deus e os homens. Elementos importantes dessa passagem são teofania, narrativa, leis e elementos naturais.
A aliança que Deus fez com Israel foi feita no monte na qual Deus ofereceu uma oportunidade para realizar uma aliança e o povo aceitou e então devido a isso e Moisés ficou como mediador e assim o povo se preparou e quando Deus proclamou os dez mandamentos da aliança, então o povo recuou de medo e pediu para que Moisés fosse o mediador entre Deus e eles. A aliança foi selada com sacrifício e uma refeição comunitária, mas Israel logo em seguida quebrou a aliança fazendo culto ao bezerro de ouro, então veio o julgamento divino e por intercessão de Moisés a aliança foi renovada.
Deuteronômio é o tratamento da renovação da aliança com a segunda geração de israelitas, que nada mais são os sobreviventes das peregrinações do deserto que são os que entraram na terra prometida.
Aliança Davídica
A partir do momento em que surgiu o sistema de monarquia em Israel se fez a necessidade de uma mudança na idéia de aliança, agora, o rei necessitara da aprovação e da sustentação divina, então Deus faz uma aliança com Davi que a promessa envolvida era de que os descendentes de Davi ocupariam o trono de acordo com 2º Samuel 7.12-16, embora a palavra aliança não esteja neste teto ela aparece nas ultimas palavras de Davi.
Esta aliança era de composição dupla porquanto ela envolvia o fato do reino de Davi ser estabelecido para sempre de acordo com os textos de Salmos 18.50; 89.3-4,35-37; Isaías 55.3 e a segunda composição que Jerusalém seria a casa de Deus para sempre de acordo com os textos de 1º Reis 8.12-13; Salmos 78.68-69; 132. 13-14.
Com a morte de Salomão a monarquia se dividiu em reinos do Norte do Sul com dez tribos e duas tribos respectivamente. O Reino nortista manteve firme a aliança do Sinai com suas características de feições humanas, enquanto que o Reino sulista permaneceu com o descendente de Davi no trono e mantiveram Jerusalém como sua capital e por causa disso apegaram-se à aliança promissiva davídica.
Nesta aliança realizada com Davi, Deus amplia e confirma as promessas referentes à descendência abraâmica. A promessa da descendência presente na aliança abraâmica é agora posta no centro da aliança davídica. As promessas da descendência geral e da linhagem de descendência de Davi, com seu reino, sua casa e seu trono, são ampliadas.
Pontos de vista são vários sobre a temporalidade ou condicionalidade da aliança, pois os amilenistas crêem que esta aliança é condicional com um cumprimento espiritualizado, para que o trono em que Cristo agora está assentado à destra do Pai se torne o “trono” da aliança, para que a família da fé se torne a “casa” da aliança e para que a igreja se torne o “reino” da aliança.
A aliança davídica era incondicional em seu caráter, mas para os descendentes de Davi era condicional, pois a desobediência poderia trazer castigo.
Os profetas e as Alianças
Os profetas não fizeram grande uso do termo ‘aliança’, Amós, por exemplo, não usou o termo em nenhum lugar para referir-se ao relacionamento de Deus com Israel, no entanto, as acusações que ele fez foi diretamente eram de infrações da lei da aliança.
Oséias usou poucas vezes usou o termo aliança, este profeta esta firmado nas tradições do êxodo, nas peregrinações do deserto e na conquista como nas estipulações da aliança de Javé, no entanto, a aliança davidica nada significava para ele. Oséias foi o primeiro profeta a descrever a relação de casamento de Israel e Jeová.
Isaías que era profeta do Reino do Sul estava firmado nas tradições de Davi e na promessa segura que Deus lhe havia feito, por causa dessa base teológica era a critica de Isaías contra a política nacional. Jeremias permaneceu firme nas tradições do Reino no Norte e devido a isso Jeremias sofreu oposição das pessoas que alegavam a aliança de Deus com Jerusalém era eterna e que o templo era inviolável, porém Jeremias estava correto. (teologia do Antigo Testamento – Ralph L. Smith)
Uma Nova Aliança
Essa nova aliança garante a Israel um coração convertido como fundamento de todas as suas bênçãos. De acordo com o principio do Antigo Testamento de que tal conversão não pode ser efetivada permanentemente sem derramamento de sangue, essa aliança requer um sacrifício agradável a Deus, como fundamento no qual ela é instituída. Visto que o sacrifício do Filho de Deus é o centro do antigo plano de redenção e já que essa aliança inclui tal sacrifício, grande importância deve ser atribuída a ela. Pelo ponto de vista escatológico os amilenistas tentam mostrar que a igreja de hoje esta cumprindo as alianças de Israel por ter sido redimida pelo sangue.
Esta é uma aliança literal e incondicional. Primeiro ponto: É chamada de eterna em Isaías 24.5; 61.8; Jeremias 31.36,40; 32.40; 50.5.
Segundo ponto: essa aliança é uma aliança misericordiosa que depende totalmente do juramento de Deus para seu cumprimento como em Jeremias 31.33.
Terceiro ponto: amplia a área da aliança original de Abraão e como a aliança de Abraão se mostrou incondicional e literal esta também deveria ser.
Quarto ponto: essa aliança ocupa-se em grande parte com a questão da salvação do pecado e da concessão de um novo coração. A salvação é obra exclusiva de Deus. Logo, a aliança que garante a salvação da nação de Israel deve ser separada de toda ação humana, sendo assim incondicional.

















Bibliografia
(2001). Esboços de Teologia. In: D. Archibald Alexander Hodge, Esboços de Teologia (pp. 421-429). São Paulo: Publicações Evangélicas Selecionadas.
Pentecost, J. D. Manual de Escatologia. In: J. D. Pentecost, Manual de Escatologia (pp. 93-141). São Paulo: Vida.
(2002). Teologia do Antigo Testamento. In: R. L. Smith, Teologia do Antigo Testamento (pp. 132-154). São Paulo: Vida Nova.

Historicidade de Daniel

Introdução
Daniel um dos vários profetas do Antigo Testamento. A sua vida e profecias estão incluídas no Livro de Daniel. Significado do nome é “Aquele que é julgado por Deus” ou “Deus assim julgou” ou “Deus é meu juiz”.
Vários Livros do Antigo Testamento recebem o nome de seu principal herói como título, como, por exemplo, os livros de Josué, Samuel, Ester, etc. Mas tal título não indica necessariamente que essa pessoa foi à autora do livro. No caso de Daniel além de protagonista ele é o provável autor do Livro.
1. Versículos-Chave
Sãos os versículos 4.34 e 35 “Mas ao fim daqueles dias eu, Nabucodonosor, levantei os meus olhos ao céu, e tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. E todos os moradores da terra são reputados em nada, e segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa estorvar a sua mão, e lhe diga: Que fazes?”

2. Tema: A Soberania do Senhor Sobre Todas as Nações

Esboço de Daniel
I. As convicções religiosas de Deus 1.1-21
O exílio de Judá 1.1-2A decisão de Daniel de manter-se separado 1.3-21
II. O primeiro sonho de Nabucodonosor 2.1-49
O sonho esquecido 2.1-28A revelação e a interpretação de Daniel 2.29-45Daniel é honrado através de promoção 2.46-49
III. A libertação da fornalha de fogo 3.1-30
Convocação para adorar a estátua de ouro 3.1-7A recusa dos três hebreus de se prostrarem perante a estátua 3.8-18Os três hebreus são miraculosamente protegidos 3.19-25O rei confessa o Deus verdadeiro 3.26-30
IV. O segundo sonho de Nabucodonosor 4.1-37
O sonho de Nabucodonosor 4.1-37A Interpretação da Daniel 4.19-27O cumprimento do sonho 4.28-33A oração e restauração de Nabucodonosor 4.34-37
V. A festa blasfema de Belsazar 5.1-31
A escrita manual na parede 5.1-9A interpretação de Daniel da escritura 5.10-31
VI. Daniel na cova dos leões 6.1-28
Complô contra Daniel 6.1-9Daniel é lançado na cova dos leões 6.10-17Daniel é liberado 6.18-28
VII. A primeira visão de Daniel 7.1-28
O sonho da Daniel sobre os quatro animais 7.1-14A Interpretação de Daniel 7.15-28
VIII. A segunda visão de Daniel 8.1-27
O sonho de Daniel sobre um carneiro, um bode e sobre os chifres 8.1-14A interpretação de Gabriel 8.15-27
IX. A profecia das setentas semana 9.1-17
A oração de Daniel 9.1-19A Visão da Daniel 9.20-27
X. A visão final de Daniel 10.1-12.13
A visão de Daniel de um ser glorioso 10.1-9A visita de um anjo 10.10-21Guerra entre reis do Norte e do Sul 11.2-45O tempo da tribulação 12.1-13
Contexto Histórico
No ano de 605 a.C o império babilônico dominava os povos pelas mãos do rei Nabucodonosor. Nebo era o Deus da ciência. Nesta época este rei invadiu Jerusalém e levou para o cativeiro o rei de Judá e utensílios da casa de Deus, outra ordem dada em meio a esse ocorrido foi ordenado que viessem filhos de Israel que fossem jovens e sem nenhum defeito, de boa aparência, instruídos em toda sabedoria, doutos em ciência e versados no conhecimento e que fossem competentes para assistirem no palácio do rei.
Entre esses jovens de Judá se encontravam: Daniel, Hananias, Misael e Azarias na qual tiveram seus nomes substituídos pelos chefes dos eunucos e então ficou: Beltessazar, Sadraque, Mesaque e Abde-Nego – estes nomes fazem referência aos deuses dos caldeus. Bel – Bel proteja sua vida. Sadraque – ordem de Aku. Mesaque – Quem é o que Aku é? (deus da lua). Abede-Nego – servo de Nebo.
Estes jovens receberam nomes dos caldeus para que suas identidades se tornassem de identidade de hebreus para babilônicos a fim de servirem ao rei no palácio e terem parte de seu governo
3. Data
A data de Daniel tem sido defendida com muita veemência esta obra tradicionalmente tem sido atribuída ao século VI a.C, mesmo que as profecias relatadas no livro façam com o que alguns historiadores propõem datas mais recentes. Em torno de 535 a.C., após 70 anos na Babilônia, quando recebe e registra sua ultima visão.
Desde que o filósofo Porfírio realizou os primeiros grandes ataques contra a historicidade de Daniel (233-304 d.C.), este livro tem estado exposto aos embates dos críticos, ao princípio só de vez em quando, mas durante os dois últimos séculos o ataque foi constante, por isso muitíssimo eruditos cristãos de hoje consideram que o livro de Daniel é obra de um autor anônimo que viveu no século II a.C., mais ou menos no tempo da revolução macabéia. Estes eruditos dão duas razões principais para localizar o livro de Daniel nesse século:
Entendem que algumas profecias se referem à Antíoco IV Epífanes (175-163 a.C.), e que a maior parte das profecias - pelo menos daquelas cujo cumprimento foi demonstrado - teriam sido escrita depois de ocorridos os acontecimentos descritos, as profecias de Daniel devem localizar-se com posterioridade ao reinado de Antíoco IV.
Segundo seus argumentos, as seções históricas de Daniel contêm o registro de certos acontecimentos que não concordam com os fatos históricos conhecidos de acordo com os documentos disponíveis, estas diferenças podem ser explicadas se o autor não tivesse vivido os acontecimentos, e, portanto só possuísse um conhecimento limitado do que tinha ocorrido 400 anos antes, nos séculos VII e VI a.C.
O primeiro dos dois argumentos não tem validade para os cristãos porque estes creem que os inspirados profetas realmente faziam predições precisas quanto ao curso da história. O segundo argumento merece um maior atendimento e por isso apresentamos aqui um breve estudo a respeito da validez histórica do livro de Daniel.
4. Conteúdo
O livro se divide em duas metades: a primeira faz referência as histórias que são equivalentes aos capítulos 1-6 e as visões dos capítulos 7-12. Considerando a divisão lingüística do livro seria divido em 2.4b a 7.28, a Bíblia hebraica registra em aramaico a luta de Daniel e seus amigos nos dois impérios mundiais. De 8.1 até o fim, o livro retorna ao hebraico. Esse uso das línguas atravessa a divisão pronta do livro em histórias e visões. Essa ponte aramaica deve ser considerada em discussões de data, composição e unidade do livro.
Existe um paralelismo no livro de Daniel dos capítulos 2-7. O paralelismo no capítulo 2 e no 7 é no tocante ao esquema dos quatro reinos que faz disso uma estrutura em forma de quiasmo. Os capítulos 3 e 6 fazem referência a libertação e atas de martírio e o miolo nos capítulos 4 e 5 que são criticas aos reis.
José Severino Croatto faz uma bela relação entre esses capítulos em questão na qual se diferencia na questão que o capítulo dois é Daniel quem interpreta o sonho e no capítulo sete é um anjo. O capítulo 7 funciona como uma ponte entre as duas partes do livro: capítulos 1-6 ao 7-12 favorecem neste sentido, uma intercomunicação no nível de sua significação querigmática.
Daniel 2
Daniel 3
Daniel 4
Daniel 5
Daniel 6
Daniel 7
Sonho de Nabucodonosor
Instância Religiosa: Estátua
Sonho: árvore
Visão: Escritura na Parede
Instância Religiosa: oração
Sonho/Visão de Daniel
Estátua: quatro metais

Daniel interpreta
Daniel interpreta

Quatro animais

Denúncia/
Martírio/
Libertação


Denúncia/
Martírio/
Libertação

Sinal do céu

Sinal do céu
Sinal do céu

Figura humana


Fracasso dos magos
Fracasso dos magos


Daniel interpreta: Reino Futuro
Confissão
Em Daniel: Espírito de Deus
Em Daniel: Espírito de Deus
Confissão
Anjo interpreta: Reino Futuro


Cumpre-se a explicação
Cumpre-se a explicação


Confissão de fé
Prosperidade
Confissão
Morte
Prosperidade


Posição no Cânon
De acordo com a Bíblia hebraica este livro encontra-se na divisão chamada Hagiographa () que corresponde à terceira divisão e não na segunda divisão que é a dos livros proféticos, porém essa colocação nada tem haver com a data da confecção do livro acaso tenha sido escrito depois.
Para ser reconhecido livro profético o autor deveria possuir o título técnico de profeta, ou seja, eram homens levantados por Deus especificamente para servir de mediadores entre Deus e a nação, embora Deus tenha se revelado a Daniel ele não era profeta no sentido restrito e técnico aceito para tal. A função de Daniel era de estadista, ser estadista era um dom profético, mas não um ofício e por causa disso o livro de Daniel foi colocado na terceira divisão que diz respeito aos homens que foram inspirados, mas que não ocupavam o ofício profético.
5. Autor
O livro de Daniel sendo um produto do exílio e foi escrito pelo próprio Daniel. Nota-se que Daniel fala na primeira pessoa do singular e reivindica as revelações feitas a Ele como nas passagens: 7.2,4; 8.1; 8.15; 9.2.
O autor da primeira porção é o mesmo da segunda porção eis a unidade do livro. Estudiosos de diversas escolas de pensamento reconhecem essa unidade literária. Daniel também reflete ambientes babilônicos e persas e algumas objeções históricas que não de certa maneira não são tão válidas. Para a autenticidade do livro são encontradas como algumas passagens no Novo Testamento: Mateus 10.23; 16.27; 19.28; 24.30; 25.31; 26.64.
Na Igreja o livro tem sido tradicionalmente mantido que o Daniel histórico foi realmente seu autor, porém Porfírio de Tiro que era um oponente ao Cristianismo sustentava que a obra era feita no tempo dos macabeus e durante os séculos 18 e 19 teve ocupando uma posição muito importante entre o mundo erudito e que este livro tenha sido escrito por um judeu desconhecido, os motivos para tal opinião eram a notável exatidão pela qual aquele período é descrito em Daniel, as supostas inexatidões históricas no livro, e a alegada linguagem mais recente empregada na composição da profecia.
Daniel, o Tipo de Cristo. Daniel não é referido nas Escrituras como um tipo de Messias, mas não é eliminada a identificação, por outro lado ele se identifica como predecessor de Cristo. Daniel possuía características especiais como a de profeta, embora não tenha representado esse oficio. Daniel serviu como representando de Yahweh, num papel mediador, em posição singular, num mundo estranho em que tornou conhecido quem era, realmente, o soberano Senhor do mundo, das nações e dos palácios, e quais eram as metas desse um e único soberano Senhor. Daniel profetizou a respeito do Messias com a sua vida e em várias passagens, que registram profecias a respeito do Messias foram feitas de maneira única e estas também estão inclusas no livro de Daniel.
6. Linguagem
Acredita que o livro em sua forma vem desde o segundo século a.C, mas que muito do seu material particularmente na primeira porção é muito mais antigo. Alega-se que o termo “caldeu” foi colocado após o século VI a.C. em Daniel esse termo é empregado num sentido étnico para denotar uma raça e é igualmente usado de modo mais restrito para indicar essa classe particular. Estas referências bíblicas são tão poucas que não tem como assegurar que Daniel encontra-se em erro.
Objeções para ter sido Daniel o autor do livro é o uso da linguagem aramaica em uma porção do livro ser de um período posterior do livro o seu próprio aramaico não pode excluir sua própria autoria, portanto, a linguagem deve ser uma modernização do aramaico em que o livro foi composto originalmente, a questão de autoria deve ser considerava por outras bases não da linguagem em que ele foi escrito.
A evidência lingüística nem sempre tem recebido o valor devido à datação do livro. Alguns estudiosos datam a linguagem de Daniel anterior ao segundo século. O consenso era que o hebraico lembrava o do Cronista, sendo anterior ao Mishmá. O aramaico está mais próximo de Esdras e dos papiros do século V que do de Qumram, portanto, alguns estudiosos estão inclinados a datar os capítulos 1-6 com data diferente dos capítulos 7-12, mas a seção em aramaicos continua no capítulo 7, que é da mesma época que o aramaico dos capítulos 2-6 e o hebraico dos capítulos 7-12 revelam-se idêntico ao dos capítulos 1-2.
7. Propósito
Quando Israel ainda estava no deserto Deus escolheu a estes para ser o Deus deles e assim realizando o inicio de um relacionamento para ser um reino de sacerdotes de Deus para que Deus fosse o seu governante, no entanto, Israel não cumpriu com o seu dever e foi infiel e por causa disso receberam um rei que foi mau, depois veio um homem segundo o coração de Deus e em Salomão o templo foi edificado e depois de sua morte houve a rebelião e grande iniqüidade tanto no reino do norte quanto do sul, então Deus anunciou a intenção de destruí-los. Deus usou de instrumento de exílio para preparar a vinda do Messias.
O próprio livro por ser produto do exílio serve para mostrar que o exílio não seria permanente, então o propósito de Daniel é de ensinar a verdade mesmo que o povo de Deus esteja escravizado em uma nação pagã.
O livro de Daniel é chamado uma obra apocalíptica e esta obra pode ser comparada com a obra de Apocalipse no Novo Testamento tendo em vista isso um propósito didático.
8. Cristo Revelado
A primeira vez que se vê Cristo é na figura do “quarto” (homem) ao lado de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego na fornalha de fogo (3.25). Os três permaneceram fiéis ao seu Deus; agora, Deus permanece fiel a eles no fogo do julgamento e livra-os, inclusive do “cheiro de fogo” (3.27).Outra referência a Cristo se encontra na visão da noite de Daniel (7.13). Ele descreve “que vinha nas nuvens do céu um como o Filho do Homem”, referindo-se à segunda vinda de Cristo.Outra visão de Cristo, se acha em 10.5-6, onde a descrição de Jesus é bastante idêntica à de João em Apocalipse 1.13-16.
9. Daniel como Profecia Apocalíptica
Apocalipse é definido como “um gênero de literatura reveladora com uma estrutura narrativa em que uma revelação é mediada por um ser de outro mundo para um recipiente humano, expondo uma realidade transcendente e também temporal, ao conceber uma salvação escatológica, como também espacial, ao implicar um mundo diferente, sobrenatural” (Semeia 14, p.9 citado em J.J. Collins, Daniel FOTL 20 (Grand Rapids, 1984; reimp. 1989), p.4.
Daniel cabe dentro dessa definição ainda que existam muitos estudiosos que insistam que o tratemos da maneira que se pretendia que o lêssemos: como história. Outros não datam o livro como do século VI a.C., mas se tratando de um pseudônimo argumentando a autoria na Palestina no século II.
O propósito principal de Daniel não é registrar uma história detalhada, mas demonstrar o controle divino sobre a história. Quando Daniel dá os relatos de “Nabucodonosor”, “Belsazar” e “Dario, o medo”, sua intenção era de revelar o significado destino deles com Deus e a superioridade da soberania de Deus à deles.

10. Interpretação da Profecia
A interpretação de sonhos e visões em Daniel é dificílima. Talvez porque muitos comentaristas tentam adequar a interpretação a eles mesmos, em outras escolas de interpretação, a maior parte dos problemas deriva da tentativa de converter os tempos sem sistemas cronológicos que predigam com precisão as datas de eventos futuros.
Os Reinos e o Reino, Daniel interpreta no capitulo dois o que iria acontecer futuramente com o reinado de Nabucodonosor de acordo com o sonho dele e os quatro reinos sucessivos são os posteriores a partir de Nabucodonosor. O capitulo sete tem grande relação com o capítulo dois, por causa, que é realçado, portanto os dois devem ser considerados juntos. Os animais significam quatro reis que se levantarão da terra. Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para todo o sempre.
O Quarto Animal em respectiva ao quarto animal, Daniel recebeu outra visão para conhecer mais acerca do quarto animal por conta de ser curiosidade própria. Este animal representa um reino diferente dos outros que é extremamente cruel e destrutivo e um de seus reis perseguem os santos do Altíssimo e persegue por um tempo e outra parte de tempo então o governo do reinado é dado aos santos.
A visão do Carneiro do Bode e o Chifre se encontram no capítulo 8 de uma estrutura bem simples: introdução para a revelação (1-2); o conteúdo da revelação (3-14); a interpretação da revelação (15-26); e a conclusão do relato (27). Assim essa segunda revelação se mostra descrita dentro de uma progressão. Primeiro a imagem do cordeiro que crescia de maneira magnífica; depois o bode que também cresci. Na seqüência da visão do bode, aparecem os chifres e entre estes, o pequeno.
Embora não tenha como afirmar que a visão de Daniel 8 seja um sonho, porem pelos seus elementos simbólicos é preciso considerá-la assim. A presença de Daniel em Susã e o transporte do seu espírito para junto ao rio Ulai tem um paralelo com as narrativas do livro de Meditação profética de Ezequiel.
O chifre simboliza o poder, nos capítulos 7-8 e Apocalipse 13 e 17 representam governantes do império. O carneiro com dois hifres na margem do rio Ulai representa o império medo-persa. O bode que vem do oeste tem um chifre grande substituído por quatro chifres notáveis, o entendimento para essa passagem é que seja Alexandre Magno. O chifre pequeno é identificado como Antíoco Epifânio.
Oração de Daniel pelo Povo – Daniel entendia que a profecia de Jeremias que o período de sete anos fora decretado para a desolação de Jerusalém, então, consciente disso Daniel orou a Deus para confessar o seu pecado e do povo, pois o tempo estava para terminar.
Na realidade, Gabriel toma a profecia de setenta semanas de Jeremias, compreendida como se aplicasse ao período do exílio, e a transforma numa profecia de “setenta anos vezes sete” do final dos tempos. Essa complexa transformação do quadro inclui a restauração da cidade, um período conturbado, a morte de um príncipe ungido, a vinda de um príncipe e suas tropas, decidido a destruir a cidade e o santuário. Os que, em qualquer época, anseiam pela restauração de Jerusalém encontram aqui uma mensagem de esperança. Os que buscam o príncipe messiânico encontram a reafirmação de que ele virá. Os que vivem em épocas de conturbações, guerras e desolações sabem que isso só durará “uma semana” e que no final o “assolador” encontra o fim a ele prescrito.
A Abominação Desoladora – Daniel toma conhecimento do que ocorrerá a seu povo em dias futuros. Miguel e o orador desempenham os papéis principais. Isso deve indicar ao leitor que as circunstancias transcendem o que é em geral considerado histórico. A mensagem continua no capitulo 11 que fala que três reis se levantarão da Pérsia e o quarto irá contra a Grécia. Depois disso se levantará um rei poderoso que terá seu reino dividido para os quatro ventos do céu, mas não para sua posteridade, acredita-se que esse rei é Alexandre Magno.
Um como o Filho do Homem – na passagem do capítulo 7.13, quando os animais são mortos, “um como o filho do homem” – observe o contraste com os animais – vem “com as nuvens do céu”. Como o título dos discursos empregados por Ezequiel, a designação “filho do homem” simplesmente significa “ser humano”, “homem”. Jesus muitas vezes referia-se a si mesmo empregando esse titulo. Alguns estudiosos dizem que com isso ele alegava ser o Messias. Mas isso parece bem improvável. Jesus estava empregando um termo que passara a ter um significado mais profundo e, com o tempo, teria um significado expandido, incluindo o cumprimento da profecia de Daniel.
11. Proximidade de Daniel com outros livros judaicos
A primeira constatação da circulação e utilização do livro de Daniel está num contexto bem próximo, ou seja, o da escrita da obra dos Macabeus. De um lado está toda a leitura da guerra e do pós-guerra nestes livros que tem vários jeitos de contar a história. Do outro, um livro apocalíptico que anima a resistência do povo e projeta tempos de mudança. No entanto, no livro historiográfico iremos deparar com a citação de uma imagem própria do livro de Daniel. É a imagem da abominação da desolação (Dn 11.31; 12.11 e 9.27) que aparece em 1º Mc 1.54. Também o Segundo Livro dos Macabeus na sua contraposição a esta abominação, vai contar histórias de coragem a exemplo dos jovens que enfrentam a fornalha e Daniel na cova dos leões.
12. Daniel e a Construção da Imagem do Jesus Apocalíptico
Uma das imagens que aparece nos Evangelhos é a do Jesus apocalíptico, relacionada em grande parte com os discursos escatológicos, a pregação sobre o Reino de Deus e a figura de Jesus como o “Filho do Homem”. Para Charles H. Dodd a profecia do Filho do Homem de Daniel 7.13 não aparece explicitamente, porem está presente em Mc 13.26 e 14.62 e a vinda de Jesus “sobre as nuvens” aparece implicitamente em At 1.9-11.
Em Apocalipse 1.13 e 14.14 mostra-se o uso explicito de Daniel 7.13 com a referência a Jesus como “um como o Filho do Homem”.
Dentro da perspectiva a tradição cultural israelita a partir da Bíblia Hebraica a busca de libertação e restauração do povo acompanhada do julgamento por parte de Deus dos governantes estrangeiros ou domésticos, e, a conseqüente derrocada do poder hegemônico. Aí se insere em grande medida a literatura apocalíptica. O “Filho do Homem” em Daniel vai sentar no tribunal, julgar e instaurar o reino que não terá fim (Daniel 7). Textos paralelos circularam e foram utilizados pelas comunidades cristãs. O julgamento está presente no Apocalipse das Semanas e no Apocalipse dos Animais no livro de 1º Enoque. No Testamento de Moisés é tratada a vinda de Deus como sinal da vingança dos que foram martirizados e nos Salmos de Salomão o ungido filho de Davi reunirá o povo santo e o conduzirá com justiça.
Para Horsley o evangelho de Marcos deve ser considerado como apocalíptico, por causa, da concentração de motivos apocalípticos em Marcos 13, pois tem como pano de fundo o livro de Daniel.
13. As Visões
As quatro visões do livro de Daniel tratam da luta entre as forças do bem e do mal nesta terra, desde o tempo de Daniel até o estabelecimento do eterno reino de Cristo. Já que Satanás usa os poderes terrenos em seus esforços para frustrar o plano de Deus e destruir seu povo, estas visões apresentam aqueles poderes através dos quais o maligno atuou com muito empenho.
A primeira visão (cap. 2) trata principalmente de mudanças políticas. Seu propósito primordial era revelar a Nabucodonosor seu papel como rei de Babilônia e comunicar-lhe "o que tinha de ser no porvir" (v. 29).
A segunda visão (cap. 7) aparenta ser um suplemento da primeira visão. Destaca as vicissitudes do povo de Deus durante a hegemonia dos poderes mencionados na primeira visão, e prediz a vitória final dos santos e o juízo de Deus sobre seus inimigos (vv. 14, 18, 26-27).
A terceira visão (cap. 8-9) complementa a segunda e faz ressaltar os esforços de Satanás por destruir a religião e o povo de Cristo.
A quarta visão (cap. 10-12) resume as visões precedentes e trata o tema em forma mais detalhada do que qualquer das outras. Amplia o tema da segunda visão e o da terceira. Põe especial ênfase em "o que tem de vir a teu povo nos postreros dias; porque a visão é para esses dias" (cap. 10: 14), e o "tempo fixado era longo" (v. 1, RVA). A narração bosquejada da história que se encontra em 781 o cap. 11: 2-39 leva a "os postreros dias" (cap. 10: 14) e os acontecimentos "ao cabo do tempo" (cap. 11: 40).
14. Setenta semanas
As setenta semanas de Daniel, profetizada em Daniel 9.24-27, são referenciais cronológicos em que a Tribulação acontecerá. A profecia das setenta semanas foi dada por Deus a Daniel quando o profeta ainda estava vivendo no cativeiro babilônico. Daniel preocupava-se com o seu povo porque estava quase no fim dos setenta anos de cativeiro. Daniel estava seguro que Deus não havia esquecido Seu povo escolhido.
Há vários argumentos para se justificar que as semanas são anos reais:
Primeiro, um período de setenta semanas literais seria muito curto para realizar o cumprimento de tudo o que é esperado. Além disso, que conforto Daniel teria ao saber que a cidade seria reconstruída e destruída em tão breve período? Assim, devemos olhar além do literal para a medida adequada.
Segundo, no contexto precedente, os setenta anos originais da profecia de Jeremias estão na mente de Daniel (Dn. 9:2). Assim, anos, e não semanas literais são sugeridas pela referência anterior, que é crucial para o contexto histórico. Em adição, esses setenta anos sugerem a estrutura da sua profecia.
Terceiro, o ano sabático (o sétimo ano do período sabático) é freqüentemente mencionado como simplesmente “o sábado”. Assim, a idéia de um dia de “sábado” (Ex. 20:11) pode se referir a um ano sabático. Quarto existe garantia escriturística para medir os dias em termos
de anos. Em Gênesis 29:7-28 Jacó é dito trabalhar durante uma “semana” para Raquel, que eram sete anos (v. 20). Em Números 14:34 os quarenta anos errantes é causado pelos quarenta dias de espionagem da terra. Ezequiel 4:5 emprega o mesmo padrão de medida profética que Daniel: “Porque eu te dei os anos da sua iniqüidade, segundo o número dos dias”.
Quinto, no contexto imediato seguinte, e separado da nossa passagem por apenas um versículo, descobrimos Daniel referindo-se ao seu uso de “semanas”. Em Daniel 10:2 lemos: “Naqueles dias, eu, Daniel, pranteei durante três dias” (hebraico: yom). Ele faz isso, parece, para distinguir as semenas-de-anos precedentes da semanas-de-dias seguintes que são literais.
Sexto, até mesmo sobre o extremo terminus ad quo sugerido pelos eruditos evangélicos (o decreto de Ciro em 538 a.C.), os 490 anos chegam relativamente perto da medida do tempo da morte de Cristo: existiria uma diferença de apenas setenta e cinco anos. Isso deveria sugerir que estamos corretos ao escolher uma medida dia/ano. Uma análise cuidadosa da passagem leva à conclusão que a “ordem” do versículo 24 se encaixa perfeitamente na estrutura cronológica, quando propriamente entendido.
15. O Tema do Livro Segundo a Perspectiva Cristã
Com justiça poderíamos chamar ao livro de Daniel um manual de história e de profecia. A profecia é uma visão antecipada da história; a história é um repasso retrospectivo da profecia. Segundo a crença cristã o elemento previsivo permite que o povo de Deus veja as coisas transitórias à luz da eternidade, põe-no alerta para atuar com eficácia em determinados momentos, facilita a preparação pessoal para a crise final e, ao cumprir-se a predição, proporciona uma base firme para a fé.
Para os cristãos as quatro principais profecias do livro de Daniel fazem ressaltar num breve esboço, e tendo como marco de fundo a história universal, o futuro do povo de Deus desde os dias de Daniel até o fim do tempo. Cada uma das quatro grandes profecias atinge um pináculo quando "o Deus do céu" levanta "um reino que não será destruído" (Dn 2:44), quando o "filho do homem" recebe "domínio eterno" (Daniel 7:13-14), quando a oposição ao "Príncipe dos Príncipes" será quebrantada "não por mão humana" (Dn 8:25) e quando o povo de Deus será livrado para sempre de seus opressores (Dn 12:1). Portanto para os cristãos, as profecias constituem uma ponte divinamente construída desde o abismo do tempo até as ribeiras sem limites da eternidade, uma ponte sobre o qual aqueles que, como Daniel propõe em seu coração amar e servir a Deus, pela fé poderão passar desde a incerteza e a aflição da vida presente à paz e a segurança da vida eterna.
A seção histórica do livro de Daniel revela, em forma surpreendente, a verdadeira filosofia da história. Esta seção serve de prefácio para a seção profética. Ao dar-nos um relato detalhado do trato de Deus com Babilônia, o livro nos capacita para compreender o significado do surgimento e da queda de outras nações cujas histórias estão embaralhadas na porção profético do livro.
Conclusão Pessoal
Pelo estudo realizado sobre o Livro de Daniel e sua historicidade posso compreender que embora a posição que defenda com veemência a autoria próxima ao século II a.C. que se encontra perto da revolta dos macabeus seja bem argumentada e muito bem defendida, compreendo que a posição que entende que o livro foi escrito na era do exílio da Babilônia.
A posição que defende a autoria próxima ao século II nega toda sobrenaturalidade do livro e a revelação que veio a Daniel, contudo crendo na inspiração divina do livro e crendo que Daniel foi um homem usado no período do exílio babilônico.
Entendo que Daniel é um livro apocalíptico situado no Antigo Testamento que possuí diversas passagens usadas no Novo Testamento como nos relatos dos evangelhos quando os autores relatam as próprias palavras de Jesus, e também é possível encontrar passagens de Daniel em Apocalipse.





BIBLIOGRAFIA
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DAVIDSON, F. O Novo Comentário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova.
DA SILVA, Rafael Rodrigues. Edição e Heresia: O Livro de Daniel. São Paulo: PUC. 2005
Bíblia de Estudo Plenitude
JUNIOR, Angelo Gagliardi. Panorama do Velho Testamento. São Paulo. Sepal, 2000.
DEMY, Thimothy; ICE, Thomas. Profecias de A a Z. Porto Alegre. Actual, 2003
GRONINGEN, Gerar van. Revelação Messiânica no Antigo Testamento. São Paulo. Cultura Cristã, 2003

Discussão em Hebreus 6.4-6

O texto de Hebreus 4.4-6 esboça uma grande discussão acirrada de calvinistas e arminianos por muito tempo.
Os arminianos aproveitam este texto para mostra que alguém que um dia foi crente pode tornar a cair de uma maneira que não tenha mais solução. De outro lado os calvinistas dizem que é impossível que isso aconteça, ou seja, um crente cair da fé.
David H. Stern em seu livro Comentário Judaico do Novo Testamento argumenta que na realidade os calvinistas e arminianos perderam o foco de procurarem entender o que o autor esta querendo dizer para poder defenderem sua própria visão. Para ele o foco do autor é que essas pessoas uma vez aceitaram o sacrifico de Cristo agora estão recusando e voltando a praticar os sacrifícios propostos em levíticos.
Estas pessoas sabem que foi Jesus, pois foram iluminadas e de acordo com a interpretação dele receberam o perdão de Deus e receberam o Espírito Santo e chegaram a provar do poder e então recusando o sacrifício de Cristo voltaram a praticar o sacrifico de animais e por isso desonraram a Cristo publicamente.
Donald Guthrie em seu comentário sobre Hebreus diz: o versículo 4 fala que eles foram iluminados, esta iluminação é fruto de uma idéia no Novo Testamento que a revelação da mensagem de Deus ao homem, devido a declaração de Jesus em ser a luz do mundo (João 8.12). Há intérpretes que entendem que o “serem iluminados” se refere ao batismo, porém outros escritores mesmo os patrísticos entendem que é no sentido de experimentar a benção. Provar do dom celestial mostra com maior clareza que não apenas conheceram, mas sim que puderam gozar do dom celestial, mas a referência a dom celestial é somente feita esta vez no Novo Testamento todas as coisas falam do dom de Deus referente a graça da salvação, mas esta palavra dom apesar de deixar claro que não é de cunho humano deve-se entender que é de dons espirituais do Novo Testamento.
A outra frase importante é tornaram participantes do Espírito Santo a palavra participantes faz referente a companheiros, ou seja, mostra que não é simplesmente alguém que teve um conhecimento superficial do cristianismo e por isso intensifica a idéia que se harmoniza com o dom do Espírito. Provaram a boa palavra de Deus mostra um aspecto de experiência cristã e a importância que o autor da nessa passagem. Na expressão caíram mostra a apostasia em relação a iluminação que tiveram e a participação.
De novo estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus isso mostra que de maneira nenhuma haja recuperação da apostasia como se fosse uma nova crucificação essa foi à maneira que o autor melhor encontrou para enfatizar o ocorrido, o autor de hebreus possa pensar que estes apóstatas são mais culpados do que aqueles que gritaram para crucificar a Jesus e ainda expuseram Cristo publicamente para vergonha.
Então Guthrie levanta quatro hipóteses: a primeira é a de Calvino que Deus vigia seus eleitos e que assim Deus os provou e eles não corresponderam a ela; a segunda é que qualquer crente pode apostatar da fé, mas assim a garantia da fé fica abalada; a terceira posição é que não há nenhuma indicação que os leitores tenham cometido essa apostasia, por isso se tratando de uma possibilidade hipotética caso viesse acontecer, mas a passagem não deixa bem clara essa idéia e a quarta é a impossibilidade de restaurar transgressores a uma nova condição de arrependimento.
Ao observar essa apresentação penso que independente de quem seja entre gentios ou judeus o importante é que ambos tiveram um contato grande com a comunidade cristã e aceitaram os ensinamentos de Jesus e assim gozaram do batismo e até chegaram a experimentar de alguma manifestação do Espírito Santo, no entanto, entendo que estas pessoas não foram regeneradas completamente por Cristo e por causa disso caíram e expuseram Cristo à ignomínia e mediante a isso não podem mais serem reconstituídos.
Se caso estes tivessem sido realmente regenerados por Cristo e assim nunca teriam feito o que fizeram, mas a questão então se torna da maneira de como eles gozaram então de uma ação do dom que o Espírito Santo dá para isso é simples quando nos recorremos aos católicos renovados que cremos que a crença deles não está correta e mesmo assim há pessoas que falam em línguas e outros dons, mas nem por isso são de fato cristãs como entendemos.
Outro fato claro é que aqueles que são alcançados verdadeiramente por Cristo e gozam de uma regeneração este produzem boas obras, ou seja, as boas obras são reflexos de sua conversão e o que estes fizeram quando negaram a Cristo e apostataram da fé evidencia a sua verdadeira realidade espiritual sobre a conversão que não houve.

Congregação Cristã no Brasil - o problema dos usos e costumes

História do Fundador
Louis Francescon era o nome de seu fundador, este nasceu no dia 29 de março de 1866 na cidade de Cavasso Nuovo, província de Udine, Itália.
Imigrou para os Estados Unidos após servir ao exército e chegou na cidade de Chicago em 1890.
Neste mesmo ano começou a ter contato com o Evangelho pela pregação de Miguel Nardi e em dezembro de 1891 compreendeu seu novo nascimento e aceitou a Cristo como Salvador.
Em 1892 juntamente com o um grupo evangelizado por Miguel Nardi e alguns membros de outra igreja (Igreja Valdense), fundaram a Primeira Igreja Presbiteriana Italiana e o pastor era Filippo Grili e Francescon foi eleito um dos três diáconos e depois de alguns anos ancião desta igreja.
1.1.Experiência com o Batismo
Em 1894, Francescon estava lendo Colossenses 2.12 “Sepultados com ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos”, então ou viu ele uma voz que falava que ele não estava obedecendo a este mandamento. Levou o assunto do batismo para a igreja e todos se manifestaram contra até mesmo o pastor.
Francescon começou a questionar o batismo por aspersão praticado pela Igreja Presbiteriana.
1.2.Rompimento com a Igreja Presbiteriana
Nove anos depois de sua revelação, Francescon, reuniu a Igreja para falar deste assunto e convidou a todos para seu batismo na qual compareceram 25 membros.
Enquanto o pastor estava na Itália, Francescon realizou um batismo e na quando o pastor voltou levou diante da congregação o fato ocorrido e ele por sua vez pediu sua carta de demissão e aqueles que o apoiavam o acompanharam.
Em 1903 ele com a família foram para a Itália a fim de visitar a família e quando voltaram viram grande divisão dentro da Igreja o Deus ministrou ao coração dele que era melhor se separar daquele grupo que se deu em outubro de 1904.
1.3.Batismo com o Espírito Santo
Em 1907 se encontrou com um irmão que recebeu a promessa do Espírito Santo então começou a freqüentar um trabalho feito em uma casa. Em julho deste ano sua esposa foi a primeira a falar a falar em línguas, falou em uma língua Sueca e uma irmã em chinês. 25 de agosto foi o dia que ele foi ‘selado’ pelo Espírito.
E em 29 de junho de 1908, Francescon assumiu o cargo de ancião da igreja após uma revelação que o irmão que abria o serviço disse para o que presidia se sentar, pois Deus havia mandado Francescon para exortar aquele povo.
Em março de 1909 Francescon e Lombardi foram separados para se dedicar exclusivamente à obra que Deus tinha separado para eles.
1.4.Estabelecimento da Igreja no Brasil
Em 4 de setembro deste mesmo ano embarcou para Buenos Aires e em 1910 foi aberto um trabalho na cidade, em 8 de março de 1910 vieram para São Paulo. Depois disso Deus confirmou ao coração deles, então Lombardi foi para Argentina e Francescon para Santo Antonio da Platina, lugar onde morava um italiano que eles tinham evangelizado quando chegaram a São Paulo.
20 de junho de 1910, Francescon abriram uma portinha na qual vinte almas aceitaram a fé e provaram da divina virtude, dentre eles existiam batistas, presbiterianos, metodistas e católicos romanos, então foram curados e selados com o dom do Espírito Santo.
1.5.Causas do individualismo
O comportamento da Congregação Cristã hoje é bem diferente do comportamento de seu fundador, haja vista, que ele mantinha comunhão com irmãos de denominações diferentes. Há um relato de um encontro de muita comunhão e espiritualidade que Francescon teve com Gunnar Vingrem em São Bernardo do Campo.
Primeiro fato é que o ambiente teológico que predominava era a doutrina da predestinação, que foi o meio pela qual o fundador e os primeiros membros surgiram.
E outros fatos como a falta da presença dele em novos grupos, e sua presença intercalada, causaram grandes vácuos na interpretação e orientação da liderança nacional na qual originou as interpretações extremistas dos conceitos calvinistas.
Localidade e Países de Influência
A Igreja central da Congregação Cristã no Brasil localiza-se no bairro do Brás e hoje está igreja está presente em diversos países de acordo com o levantamento feito em 2007: África do Sul, Alemanha, Andorra, Angola, Argentina, Bélgica, Bolívia, Cabo Verde, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Espanha, Estados Unidos, França, Filipinas, Gana, Grécia, Guatemala, Guiana, Guiana Francesa, Guiné-Bissau, Holanda, Honduras, Índia, Inglaterra, Irlanda, Israel, Itália, Japão, México, Moçambique, Nicarágua, Nigéria, Nova Zelândia, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, República Democrática do Congo, República do Congo, República Dominicana, São Tomé e Príncipe, Síria, Suíça, Suriname, Uruguai, Venezuela e Zimbábue.
Culto
O culto da Congregação Cristã no Brasil segue uma ordem pré-estabelecida, mas sem uma liturgia fixa, assim os pedidos de hinos, orações, testemunhos e a pregação da Bíblia são feitos de forma espontânea, baseados na inspiração do Espírito Santo. Os serviços são solenes com uma atmosfera formal; desse modo evitam-se manifestações individualizantes, mas preza-se a participação coletiva.
Há uma série de práticas no culto como o uso do véu pelas mulheres; o uso do ósculo na saudação entre irmãos e irmãs de per si; assento separado, nas igrejas, entre homens e mulheres; as orações são feitas de joelhos; são permitidas até três pregações no mesmo culto, todavia, por tradição, decidiu-se que uma única pregação é suficiente, evitando-se, assim, que uma pregação se sobreponha à outra. O padrão de realização do Culto é igual em quaisquer de seus templos e não somente a realização do culto, mas o padrão arquitetônico das igrejas é o mesmo.

Ministérios
A Congregação Cristã no Brasil possui um ministério organizado, servindo sem expectativas de receber salários e é distribuído segundo as necessidades de cada localidade, a saber.
Ancião - responsável pelo atendimento da Obra, realização de batismos, santas ceias, ordenação de novos obreiros (anciães e diáconos), eleição de Cooperadores do Ofício Ministerial, encarregado de conferir ensinamentos à igreja, cuidar dos interesses espirituais e do bem-estar da igreja, entre outras funções;
Diácono - responsável pelo atendimento assistencial e material à igreja. É auxiliado por irmãs obreiras chamadas de "Irmãs da Obra da Piedade". Assim como o ancião, atende a diversas congregações de sua região;
Cooperador do Ofício Ministerial - responsável pela cooperação nos ensinamentos e presidência de cultos oficiais e de jovens em uma determinada localidade(desde que não haja um Cooperador de Jovens e menores responsável por essa localidade), não podendo realizar batismos.
Cooperador de Jovens e menores - responsável de atender as reuniões de jovens e menores de sua comum congregação.
Músico - membro habilitado e depois de passar por testes musicais é oficializado para tocar nos cultos e demais reuniões.









Cargos
Encarregado de Orquestras - músico oficializado, designado para coordenar o ensino musical aos interessados e organizar ensaios musicais da Orquestra da Congregação. As "Examinadoras" são organistas mulheres, oficializadas, designadas para avaliar outras organistas aprendizes no processo de oficialização.
Auxiliar de Jovens e Menores - são jovens, homens e mulheres solteiros, designados para preparar e organizar os recitativos das reuniões, individuais ou em grupo.
Administração - ministério material, constituído por Presidente, Tesoureiro, Secretário, Auxiliares da Administração, Conselho Fiscal e Conselho Fiscal Suplente. Os administradores são eleitos a cada três anos e o Conselho Fiscal anualmente, durante a Assembléia Geral Ordinaria. É permitida a recondução ao cargo.
Política
A Congregação Cristã no Brasil é uma organização religiosa apolítica, crendo na separação total entre Estado e religião.
Não mantém ligação, nem se manifesta de forma alguma em relação a causas ou partidos políticos, candidatos a cargos públicos, ou qualquer outra instituição ou organização, governamental ou não. Se algum membro de seu corpo ministerial aceitar cargos políticos, deverá renunciar ao seu cargo congregacional. Seus membros são doutrinados a não votar em candidatos que neguem a existência de Deus e a Sua moral.








Confissão de fé e Doutrinas
7.1.Confissão de Fé
1. Nós cremos na inteira Bíblia e aceitamo-la como infalível Palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo. A Palavra de Deus é única e perfeita guia a nossa fé e conduta, e a Ela nada se pode acrescentar ou d'Ela diminuir. É, também, o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. (II Pedro, 121, II Timóteo 3:16,17; Romanos 1:16).
2. Nós cremos que há um só Deus vivente e verdadeiro, eterno e de infinito poder, Criador de todas as coisas, em cuja unidade há três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. (Efésios 4:6; Mateus 28:19; I João 5:7).
3. Nós cremos que Jesus Cristo, o Filho de Deus, é a Palavra feita carne, havendo assumido uma natureza humana no ventre de Maria virgem, possuindo Ele, por conseguinte, duas naturezas, a divina e a humana; por isso é chamado verdadeiro Deus e verdadeiro homem e é o único Salvador, pois sofreu a morte pela culpa de todos os homens. (Lucas 1:27,35; João 1:14; I Pedro 3:18)
4. Nós cremos na existência pessoal do diabo e de seus anjos, maus espíritos que, junto a ele, serão punidos no fogo eterno. (Mateus 25:41)
5. Nós cremos que a regeneração, ou o novo nascimento, só se recebe pela fé em Jesus Cristo, que pelos nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação. Os que estão em Cristo Jesus são novas criaturas. Jesus Cristo, para nós, foi feito por Deus sabedoria, justiça, santificação e redenção. (Romanos 3:24 e 25; I Coríntios 1:30; II Coríntios 5:17)
6. Nós cremos no batismo na água, com uma só imersão, em nome de Jesus Cristo (Atos, 2:38) e em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. (Mateus 28:18,19)
7. Nós cremos no batismo do Espírito Santo, com evidência de novas línguas, conforme o Espírito Santo concede que se fale. (Atos 2:4; 10:45-47; 19:6).
8. Nós cremos na santa ceia. Jesus Cristo, na noite em que foi traído, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-o aos discípulos, dizendo "Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim". Semelhantemente tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: "Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós". (Lucas 22:19, 20; I Coríntios 11:24,25).
9. Nós cremos na necessidade de nos abster das coisas sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da fornicação, conforme mostrou o Espírito Santo na assembléia de Jerusalém. (Atos 15:28,29; 16:4; 21:25)
10. Nós cremos que Jesus Cristo tomou sobre Si as nossas enfermidades. "Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da Igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados." (Mateus 8:17; Tiago, 5:14,15)
11. Nós cremos que o mesmo Senhor (antes do milênio) descerá do céu com alarido, com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. (I Tessalonicenses 4:16,17; Apocalipse 20:6).
12. Nós cremos que haverá a ressurreição corporal dos mortos, justos e injustos. Estes irão para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna. (Atos 24:15; Mateus 25:46)










Doutrinas da Congregação Cristã
A CCB não suportaria um exame sério das Escrituras, fato característico das seitas, pois sua interpretação foge às regras da hermenêutica sagrada, pois tudo o que acontece na igreja está relacionado ao sentimento é sempre necessário realizar alguma obra ou orar por alguém, isso acaba afastando o homem de Deus e da Bíblia, resultado que se mostra no decorrer da história.
Muitos dos adeptos desta igreja defendem que a salvação só é possível na sua própria igreja, pois desenvolveram inconscientemente a doutrina da auto-salvação que por conseqüência o monopólio da salvação está reservado à Congregação Cristã no Brasil.
8.1.Estudo da Bíblia e Estudos Gerais
A CCB entende que o Espírito Santo dirige todas as coisas, pois não é necessário se preparar, estudar ou algo parecido, pois o Espírito Santo opera poderosamente na vida de sua Igreja.
A base para isso está no versículo de Mateus 10. 19 e 20 que fala "... não cuideis em como, ou o que haveis de falar, porque naquela hora vos será concedido o que haveis de falar; visto que não sois vós os que falais, mas o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós", claramente percebemos o erro interpretativo, pois foi tirado o versículo fora de seu contexto, pois o contexto fala acerca do momento em que o cristão estiver passando por provação.
Os maiores expoentes das Escrituras em conhecimento disseram algumas coisas interessantes para nós.
a. Salomão: "Dá instrução ao sábio e ele se fará mais sábio; ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento" (Provérbios 9.9).
b. Jesus: "... todo escriba instruído acerca do reino dos céus é semelhante a um pai de família que tira do seu tesouro coisas no­vas e velhas" (Mateus 13.52).
c. Paulo: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" (2ª Timóteo 2.15).
Este ensinamento desvirtua-se do propósito de Deus que é o exame das Escrituras, de acordo com Salmo 1.1 “Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detêm no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite”.
Entre outros textos como: ainda 2ª Timóteo 2.15; Salmos 119.105; Provérbios 7.1-3; Deuteronômio 6.6-9; 1ª Timóteo 4.13; 2ª Timóteo 4.13; Provérbios 9.9; Salmos 119.9-16; Salmos 19.7-8.
Em alguns casos extremos os membros desta igreja têm orgulho em dizer que não conhecem a Bíblia para a fim de poderem entender tudo o que o Espírito Santo fala, que por sinal é contrária ao seu fundador.
Batismo
A CCB não reconhece o batismo efetuado por outros ministros do Evangelho de outras denominações mesmo sendo por imersão e em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. O motivo maior pela reprovação da CCB em relação ao batismo das outras igrejas é que no momento de dizer “Eu te batizo” é a carne que opera e o homem se coloca frente a Deus, por isso deve ser feito da seguinte forma: “nome do Senhor Jesus te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo".
Agora o problema não é mais teológico, mas sim com a língua portuguesa. Acaso estaria errado João Batista quando dizia “eu vos batizo com água...”?
8.2.A utilidade do véu
A CCB adotou a utilização do véu para as mulheres de sua igreja e ainda condena as que não usam. O uso do vestuário para o culto é uma questão de costumes de lugar para lugar, pois se os costumes mudam a s exigências também mudam.
Outro argumento para o uso do véu é pela ocorrência que da advertência de Paulo aos Coríntios, a cabeça raspada das mulheres era algo repugnante para os judeus e aquelas que tinham a cabeça raspada era por causa de seu adultério e esta era a conseqüência, no entanto isso não era necessário para as mulheres normais.
Então para a Congregação assumir esse costume ao pé da letra seria necessário que as mulheres da igreja deveriam usar o véu quando caminham na rua também, mas essa atitude da Congregação não é condenável pela admissão desse costume, mas pelo julgamento para com as igrejas que não possuem esse costume.
8.3.Saudação da CCB
Esta nos acusa de saudar com a “a paz do Senhor” e usam como base o que Paulo fala que existem muitos senhores, mas somente um Deus, mas essa afirmação se desfaz, pois nesta mesma base que é I Coríntios 8.5,6 da mesma forma que fala há muitos senhores, também há muitos deuses, no entanto só há um Deus e Pai e um só Senhor que é Jesus Cristo, logo concluo que a saudação é com a paz do nosso grande Senhor Jesus Cristo. (João 14.27).
8.4.Osculo Santo
Na CCB o ósculo santo foi mais um costume oriental na qual isso os faz pensar que estão em uma posição espiritual superior. O ósculo era uma maneira comum de saudação no oriente, muito antes do estabelecimento do cristianismo, utilizado nas expressões judaicas de saudações e nas demonstrações gerais de afeto, quando Paulo faz referencia ao ósculo santo é por causa do costume da região se o mesmo estivesse escrevendo para brasileiros seria mencionado o aperto de mão ou o abraço uma questão cultural que não é compreendida pela CCB.
Na igreja primitiva foi algo introduzido primeiramente como despedida do culto e depois como parte da liturgia e por fim acabou sendo parte do ritual da Santa Ceia do Senhor, porém nesta igreja primitiva o ósculo santo não se restringia a pessoas do mesmo sexo, mas de acordo com Raimundo de Oliveira o ósculo santo era na testa ou na palma da mão e nunca nos lábios. Em uma cultura como a do Brasil se torna uma vergonha tal atitude e se a Congregação restringe essa atitude apenas a pessoas do mesmo sexo já não pode ser aceito pelo fato de que já há uma malicia não poder dar o ósculo em alguém de um sexo diferente e a adaptação do mesmo está errada, pois a Congregação faz isso somente durante o período de culto enquanto que a igreja primitiva fazia em público.


8.5.Dízimo
A CCB dá a César o que é de César, mas na questão de dar a Deus há muitos obstáculos e argumentos, pois dizem que o dízimo é da lei e que é maldito e hipócrita aquele que dá e recebe.
De acordo com a Bíblia o dízimo é santo, mas de acordo com a CCB é profano. Bíblia diz que o dízimo é do Senhor (Lv 27.30); a CCB por sua vez diz que é para ladrões.
Jesus não condenou o dízimo, ele condenou, sim, os hipócritas que desprezavam os principais preceitos da Lei de Deus, mas não condenou o dízimo praticado até pelo pai dos crentes, Abraão (Gênesis 14.20). Hebreus fala sobre a prática do dízimo na atual dispensação (Hebreus 7.8-9).
Embora combatam o dízimo, mas instituíram as seguintes ofertas: ofertas de piedade, oferta para compra de terrenos; ofertas para fins de viagens; para conservação de prédios e ofertas de votos, ou seja, hipocrisia, pois eles combatem o dizimo bíblico, mas instituem ofertas para suprir a ausência do dízimo.
8.6.Liderança da CCB
Existem somente anciãos, pois o ensinamento fundamenta-se que todo pastor é ladrão e que o único pastor é Jesus Cristo. Condenam a função de presbítero na igreja, mas não sabem que no hebraico presbítero é traduzido como ancião e em seu parágrafo 10 que diz que crê que Jesus levou sobre si nossas enfermidades, manda que chame os presbíteros para que orem.
Passagens como Efésios 4.11, Atos 6, Tito 1.5, Hebreus 13.7-17 são referentes ao ministério do presbítero. A CCB entende que essas passagens são espirituais, e não materiais, mas quando se refere a ancião e diáconos, tornam-se misteriosamente materiais.
De acordo com Raimundo de Oliveira na passagem de Efésios ele extraí algumas lições do motivo pela qual se deve haver pastor na congregação, pois o pastor tem funções específicas como: aperfeiçoamento dos santos; desempenho do serviço divino e edificação do corpo de Cristo.


8.7.Proclamação do Evangelho
A CCB defende que não deve sair para evangelizar utilizando de versículo fora de contexto: Mateus 6.5; Mateus 7.6; Mateus 12.18-21, com base nisso os membros dessa igreja desculpa-se pela recusa ao “ide” de Jesus, afinal Jesus não disse para que esperassem, até que alguém sentisse que deveria aceitar o evangelho, mas sim Ele mandou que a igreja fosse por todo o mundo. Para eles a pregação do Evangelho não pode exceder aos locais de culto.
8.8.Oração somente de joelhos
De acordo com a CCB nós somos fariseus pelo fato de orarmos em pé, por causa do relato de Lucas 18.11, na qual conta que o fariseu orava em pé e sua oração não eram ouvidas, mas como podemos entender sem problemas que não é a posição do corpo, mas sim a situação do coração (Isaías 1.15-16; 9.1-2).
8.9.Corte de Cabelo
Para a CCB é proibido cortar o cabelo, aparar as pontas também é pecado e nesta lista ainda entram em consideração alisamento ou escova definitiva.
Certa mulher que tem o cabelo que chega ao seu calcanhar acredita que isso é a graça de Deus para a vida dela, enquanto que outra foi privada de desenvolver certas funções, pois cortou seu cabelo.
Para alguns membros se Cristo voltar no momento em que ela estiver cortando o cabelo, Deus, tem que ter uma misericórdia especial sobre a vida dela.





Bibliografia
OLIVEIRA, Raimundo. Seitas e Heresias. 23ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.
Webgrafia
http://www.cristanobrasil.com/index.php?ccb=historiadobona
http://pt.wikipedia.org/wiki/Congrega%C3%A7%C3%A3o_Crist%C3%A3_no_BrasilA CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL não autoriza a divulgação pública através de meio eletrônico de qualquer informação a seu respeito, não estando autorizado a tanto quem, através de “site” não pertencente à Congregação, se afirme como “site” oficial. Quem o fizer estará atuando em nome, interesse próprio e responsabilidade pessoal. A Congregação se manifesta através de sua Administração ou Conselho de Anciães.
http://solascriptura-tt.org/Seitas/CongCristaBrasil-PlanetaEv.htm
http://www.jesussite.com.br/acervo.asp?id=112
http://www.sabetudo.net/ccb/PorqueDosPorques.htm#R.%20%20Efésios%204:11%20%20E%20ele%20mesmo%20concedeu%20uns%20para%20apóstolos,
http://www.congregacaocrista.org.br/
http://www.lideranca.org/cgi-bin/index.cgi?action=forum&board=igreja&op=display&num=1564A CONGREGAÇÃO CRISTÃ é uma comunidade religiosa inteiramente fundamentada na doutrina e fé apostólicas contidas no Novo Testamento da Bíblia Sagrada.